Atividade anti-inflamatória da lectina de sementes de Lonchocarpus araripenses Benth

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Domingos, Gabriela Fernandes Oliveira Marques
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UECE
Texto Completo: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=70524
Resumo: <span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">Lectinas são proteínas que apresentam pelo menos um sítio de ligação não catalítico denominado domínio lectínico. Em geral, as lectinas da subtribo Diocleinae, ligantes de glicose e manose,&nbsp;a depender da via de administração utilizada produzem tanto respostas anti- quanto pró-inflamatórias, exceto as lectinas de&nbsp;</span><i style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">Canavalia brasiliensis</i><i style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">&nbsp;</i><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">e </span><i style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">Dioclea grandiflora</i><i style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">,&nbsp;</i><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">dotadas somente da atividade pró-inflamatória. Por outro lado, as lectinas da subtribo Dalbergiae, ligantes de N-acetil-glicosamina, são exclusivamente anti-inflamatórias, a exemplo da de </span><i style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">Lonchocarpus sericeus</i><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">, enquanto as ligantes de galactose são exclusivamente pró-inflamatórias, a exemplo das lectinas de </span><em><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">Vatairea macrocarpa</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;"> </span></em><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">e</span><i style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;"> </i><i style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">V. guianensis</i><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">. O objetivo deste&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">trabalho foi investigar a atividade anti-inflamatória, a participação do domínio lectínico e a toxidade da lectina purificada a partir de outra espécie do gênero&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">&nbsp;</span><i style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">Lonchocarpus</i><i style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">&nbsp;</i><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">a&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">&nbsp;</span><i style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">L. araripensis&nbsp;</i><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">(LaL),. Ratos Wistar Machos (200-250g)</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">&nbsp;foram uados nos protocolos experimentais de acordo com as normas vigentes do comitê de ética da UECE (N° 10130208-8/40).&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">O edema de pata foi medido por </span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">pletismometria e calculado como a variação de volume deslocado pelas patas antes (tempo zero) e após (1-5h) a injeção do estímulo. Na avaliação da atividade pró-inflamatória, o edema foi induzido através da injeção s.c. de LaL (0,01; 0,1 e 1 mg/kg) como estímulo. Na avaliação da atividade anti-inflamatória, LaL foi administrada nas mesmas doses aos animais por via endovenosa (e.v.) 30 minutos antes dos estímulos carragenina e dextrana (300&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">µ</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">g/pata), injetados nas patas traseiras dos animais.&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px;">No modelo de peritonite, carragenina (1 mg/kg) foi injetada via intraperitoneal (i.p.) nos animais, sendo estes sacrificados 4 horas depois. Em seguida foi feita a lavagem da cavidade peritoneal com solução contendo salina heparinizada (5UI heparina) e coleta do fluido (cerca de 8 mL) para contagem total e diferencial de células. A</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px;">&nbsp;contagem total foi realizada em câmara de Neubauer, sendo&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px;">20</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; line-height: 15.3333px;">µL do fluido peritoneal diluído em 380&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; line-height: 15.3333px;">µL do reagente de Turk (ácido acético glacial 2%; violeta de genciana 0,2%) e a contagem diferencial feita em lâminas coradas pelo método da hematoxilina/eosina (HE), onde foram contados neutrófilos, mastócitos, mononucleares e eosinófilos. Os resultados foram expressos pelo número de células por mL de líquido peritoneal. Neste modelo, o tratamento dos animais com a lectina (</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px;">1 mg/kg; e.v.) foi feito 30 min antes da injeção da carragenina no peritôneo. Nos dois modelos</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; line-height: 15.3333px;">&nbsp;a participação do domínio lectínico da LaL foi investigada através&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; line-height: 15.3333px;">da prévia incubação da lectina com açúcar ligante, antes da administração. A toxidade da LaL&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; line-height: 15.3333px;">(</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px;">1 mg/kg: e.v.) foi avaliada após o tratamento subcrônico durante 7 dias através da análise de parâmetros bioquímicos plasmáticos. Os resultados</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; line-height: 15.3333px;">&nbsp;foram expressos como média&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; line-height: 15.3333px;">± E.P.M. (n=6) e as diferenças estatísticas determinadas por Análise de Variância (ANOVA) e teste de Bonferroni, considerando-se significativos valores de p&lt;0,05. LaL não apresentou efeito edematogênico nem inibiu o edema de pata de natureza osmótica (induzido por dextrana), mas reduziu em todas as doses e tempo testados o edema de pata de natureza celular (induzido por carragenina), sendo a melhor inibição, cerca de 48%, observada na maior dose&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; line-height: 15.3333px;">(</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px;">1 mg/Kg). LaL também inibiu a migração de leucócitos induzida por carragenina em cerca de&nbsp;</span><font face="Arial" style="font-size: 10pt;"><span style="font-size: 13.3333px;">44%, principalmente&nbsp;a de neutrófilos (83%). A participação do domínio lectínico foi comprovada nos dois modelos, uma vez que sua atividade anti-inflamatória foi revertida pela associação da lectina ao açúcar ligante. O tratamento sub-crônico com a LaL foi bem tolerado pelos animais. A lectina de LaL apresenta resposta anti-inflamatória de natureza celular em ratos, com participação do domínio lectínico. Palavras-chave:&nbsp;</span></font><i style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px;">Lonchocarpus</i><i style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px;">&nbsp;araripensis</i><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px;">, l</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px;">ectina de leguminosa,</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px;">&nbsp;efeito anti-inflamatório.</span>
id UECE-0_db5bdbc645ece507589a07fd33488f98
oai_identifier_str oai:uece.br:70524
network_acronym_str UECE-0
network_name_str Repositório Institucional da UECE
repository_id_str
spelling Atividade anti-inflamatória da lectina de sementes de Lonchocarpus araripenses BenthAnti-inflamatório Ciências biológicas Lectina de Leguminosa<span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">Lectinas são proteínas que apresentam pelo menos um sítio de ligação não catalítico denominado domínio lectínico. Em geral, as lectinas da subtribo Diocleinae, ligantes de glicose e manose,&nbsp;a depender da via de administração utilizada produzem tanto respostas anti- quanto pró-inflamatórias, exceto as lectinas de&nbsp;</span><i style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">Canavalia brasiliensis</i><i style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">&nbsp;</i><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">e </span><i style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">Dioclea grandiflora</i><i style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">,&nbsp;</i><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">dotadas somente da atividade pró-inflamatória. Por outro lado, as lectinas da subtribo Dalbergiae, ligantes de N-acetil-glicosamina, são exclusivamente anti-inflamatórias, a exemplo da de </span><i style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">Lonchocarpus sericeus</i><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">, enquanto as ligantes de galactose são exclusivamente pró-inflamatórias, a exemplo das lectinas de </span><em><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">Vatairea macrocarpa</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;"> </span></em><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">e</span><i style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;"> </i><i style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">V. guianensis</i><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">. O objetivo deste&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">trabalho foi investigar a atividade anti-inflamatória, a participação do domínio lectínico e a toxidade da lectina purificada a partir de outra espécie do gênero&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">&nbsp;</span><i style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">Lonchocarpus</i><i style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">&nbsp;</i><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">a&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">&nbsp;</span><i style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">L. araripensis&nbsp;</i><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">(LaL),. Ratos Wistar Machos (200-250g)</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">&nbsp;foram uados nos protocolos experimentais de acordo com as normas vigentes do comitê de ética da UECE (N° 10130208-8/40).&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">O edema de pata foi medido por </span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">pletismometria e calculado como a variação de volume deslocado pelas patas antes (tempo zero) e após (1-5h) a injeção do estímulo. Na avaliação da atividade pró-inflamatória, o edema foi induzido através da injeção s.c. de LaL (0,01; 0,1 e 1 mg/kg) como estímulo. Na avaliação da atividade anti-inflamatória, LaL foi administrada nas mesmas doses aos animais por via endovenosa (e.v.) 30 minutos antes dos estímulos carragenina e dextrana (300&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">µ</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">g/pata), injetados nas patas traseiras dos animais.&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px;">No modelo de peritonite, carragenina (1 mg/kg) foi injetada via intraperitoneal (i.p.) nos animais, sendo estes sacrificados 4 horas depois. Em seguida foi feita a lavagem da cavidade peritoneal com solução contendo salina heparinizada (5UI heparina) e coleta do fluido (cerca de 8 mL) para contagem total e diferencial de células. A</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px;">&nbsp;contagem total foi realizada em câmara de Neubauer, sendo&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px;">20</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; line-height: 15.3333px;">µL do fluido peritoneal diluído em 380&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; line-height: 15.3333px;">µL do reagente de Turk (ácido acético glacial 2%; violeta de genciana 0,2%) e a contagem diferencial feita em lâminas coradas pelo método da hematoxilina/eosina (HE), onde foram contados neutrófilos, mastócitos, mononucleares e eosinófilos. Os resultados foram expressos pelo número de células por mL de líquido peritoneal. Neste modelo, o tratamento dos animais com a lectina (</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px;">1 mg/kg; e.v.) foi feito 30 min antes da injeção da carragenina no peritôneo. Nos dois modelos</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; line-height: 15.3333px;">&nbsp;a participação do domínio lectínico da LaL foi investigada através&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; line-height: 15.3333px;">da prévia incubação da lectina com açúcar ligante, antes da administração. A toxidade da LaL&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; line-height: 15.3333px;">(</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px;">1 mg/kg: e.v.) foi avaliada após o tratamento subcrônico durante 7 dias através da análise de parâmetros bioquímicos plasmáticos. Os resultados</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; line-height: 15.3333px;">&nbsp;foram expressos como média&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; line-height: 15.3333px;">± E.P.M. (n=6) e as diferenças estatísticas determinadas por Análise de Variância (ANOVA) e teste de Bonferroni, considerando-se significativos valores de p&lt;0,05. LaL não apresentou efeito edematogênico nem inibiu o edema de pata de natureza osmótica (induzido por dextrana), mas reduziu em todas as doses e tempo testados o edema de pata de natureza celular (induzido por carragenina), sendo a melhor inibição, cerca de 48%, observada na maior dose&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; line-height: 15.3333px;">(</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px;">1 mg/Kg). LaL também inibiu a migração de leucócitos induzida por carragenina em cerca de&nbsp;</span><font face="Arial" style="font-size: 10pt;"><span style="font-size: 13.3333px;">44%, principalmente&nbsp;a de neutrófilos (83%). A participação do domínio lectínico foi comprovada nos dois modelos, uma vez que sua atividade anti-inflamatória foi revertida pela associação da lectina ao açúcar ligante. O tratamento sub-crônico com a LaL foi bem tolerado pelos animais. A lectina de LaL apresenta resposta anti-inflamatória de natureza celular em ratos, com participação do domínio lectínico. Palavras-chave:&nbsp;</span></font><i style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px;">Lonchocarpus</i><i style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px;">&nbsp;araripensis</i><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px;">, l</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px;">ectina de leguminosa,</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px;">&nbsp;efeito anti-inflamatório.</span>Ver documento original.Universidade Estadual do CearáAna Maria Sampaio AssreuyDomingos, Gabriela Fernandes Oliveira Marques2012-03-02T00:00:00Z2011info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfhttps://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=70524info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UECEinstname:Universidade Estadual do Cearáinstacron:UECE2012-03-02T00:00:00Zoai:uece.br:70524Repositório InstitucionalPUBhttps://siduece.uece.br/siduece/api/oai/requestopendoar:2012-03-02T00:00Repositório Institucional da UECE - Universidade Estadual do Cearáfalse
dc.title.none.fl_str_mv Atividade anti-inflamatória da lectina de sementes de Lonchocarpus araripenses Benth
title Atividade anti-inflamatória da lectina de sementes de Lonchocarpus araripenses Benth
spellingShingle Atividade anti-inflamatória da lectina de sementes de Lonchocarpus araripenses Benth
Domingos, Gabriela Fernandes Oliveira Marques
Anti-inflamatório
Ciências biológicas
Lectina de Leguminosa
title_short Atividade anti-inflamatória da lectina de sementes de Lonchocarpus araripenses Benth
title_full Atividade anti-inflamatória da lectina de sementes de Lonchocarpus araripenses Benth
title_fullStr Atividade anti-inflamatória da lectina de sementes de Lonchocarpus araripenses Benth
title_full_unstemmed Atividade anti-inflamatória da lectina de sementes de Lonchocarpus araripenses Benth
title_sort Atividade anti-inflamatória da lectina de sementes de Lonchocarpus araripenses Benth
author Domingos, Gabriela Fernandes Oliveira Marques
author_facet Domingos, Gabriela Fernandes Oliveira Marques
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Ana Maria Sampaio Assreuy
dc.contributor.author.fl_str_mv Domingos, Gabriela Fernandes Oliveira Marques
dc.subject.por.fl_str_mv Anti-inflamatório
Ciências biológicas
Lectina de Leguminosa
topic Anti-inflamatório
Ciências biológicas
Lectina de Leguminosa
description <span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">Lectinas são proteínas que apresentam pelo menos um sítio de ligação não catalítico denominado domínio lectínico. Em geral, as lectinas da subtribo Diocleinae, ligantes de glicose e manose,&nbsp;a depender da via de administração utilizada produzem tanto respostas anti- quanto pró-inflamatórias, exceto as lectinas de&nbsp;</span><i style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">Canavalia brasiliensis</i><i style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">&nbsp;</i><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">e </span><i style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">Dioclea grandiflora</i><i style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">,&nbsp;</i><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">dotadas somente da atividade pró-inflamatória. Por outro lado, as lectinas da subtribo Dalbergiae, ligantes de N-acetil-glicosamina, são exclusivamente anti-inflamatórias, a exemplo da de </span><i style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">Lonchocarpus sericeus</i><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">, enquanto as ligantes de galactose são exclusivamente pró-inflamatórias, a exemplo das lectinas de </span><em><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">Vatairea macrocarpa</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;"> </span></em><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">e</span><i style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;"> </i><i style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">V. guianensis</i><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">. O objetivo deste&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">trabalho foi investigar a atividade anti-inflamatória, a participação do domínio lectínico e a toxidade da lectina purificada a partir de outra espécie do gênero&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">&nbsp;</span><i style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">Lonchocarpus</i><i style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">&nbsp;</i><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">a&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">&nbsp;</span><i style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">L. araripensis&nbsp;</i><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">(LaL),. Ratos Wistar Machos (200-250g)</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">&nbsp;foram uados nos protocolos experimentais de acordo com as normas vigentes do comitê de ética da UECE (N° 10130208-8/40).&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">O edema de pata foi medido por </span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">pletismometria e calculado como a variação de volume deslocado pelas patas antes (tempo zero) e após (1-5h) a injeção do estímulo. Na avaliação da atividade pró-inflamatória, o edema foi induzido através da injeção s.c. de LaL (0,01; 0,1 e 1 mg/kg) como estímulo. Na avaliação da atividade anti-inflamatória, LaL foi administrada nas mesmas doses aos animais por via endovenosa (e.v.) 30 minutos antes dos estímulos carragenina e dextrana (300&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">µ</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">g/pata), injetados nas patas traseiras dos animais.&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px;">No modelo de peritonite, carragenina (1 mg/kg) foi injetada via intraperitoneal (i.p.) nos animais, sendo estes sacrificados 4 horas depois. Em seguida foi feita a lavagem da cavidade peritoneal com solução contendo salina heparinizada (5UI heparina) e coleta do fluido (cerca de 8 mL) para contagem total e diferencial de células. A</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px;">&nbsp;contagem total foi realizada em câmara de Neubauer, sendo&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px;">20</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; line-height: 15.3333px;">µL do fluido peritoneal diluído em 380&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; line-height: 15.3333px;">µL do reagente de Turk (ácido acético glacial 2%; violeta de genciana 0,2%) e a contagem diferencial feita em lâminas coradas pelo método da hematoxilina/eosina (HE), onde foram contados neutrófilos, mastócitos, mononucleares e eosinófilos. Os resultados foram expressos pelo número de células por mL de líquido peritoneal. Neste modelo, o tratamento dos animais com a lectina (</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px;">1 mg/kg; e.v.) foi feito 30 min antes da injeção da carragenina no peritôneo. Nos dois modelos</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; line-height: 15.3333px;">&nbsp;a participação do domínio lectínico da LaL foi investigada através&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; line-height: 15.3333px;">da prévia incubação da lectina com açúcar ligante, antes da administração. A toxidade da LaL&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; line-height: 15.3333px;">(</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px;">1 mg/kg: e.v.) foi avaliada após o tratamento subcrônico durante 7 dias através da análise de parâmetros bioquímicos plasmáticos. Os resultados</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; line-height: 15.3333px;">&nbsp;foram expressos como média&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; line-height: 15.3333px;">± E.P.M. (n=6) e as diferenças estatísticas determinadas por Análise de Variância (ANOVA) e teste de Bonferroni, considerando-se significativos valores de p&lt;0,05. LaL não apresentou efeito edematogênico nem inibiu o edema de pata de natureza osmótica (induzido por dextrana), mas reduziu em todas as doses e tempo testados o edema de pata de natureza celular (induzido por carragenina), sendo a melhor inibição, cerca de 48%, observada na maior dose&nbsp;</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px; line-height: 15.3333px;">(</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px;">1 mg/Kg). LaL também inibiu a migração de leucócitos induzida por carragenina em cerca de&nbsp;</span><font face="Arial" style="font-size: 10pt;"><span style="font-size: 13.3333px;">44%, principalmente&nbsp;a de neutrófilos (83%). A participação do domínio lectínico foi comprovada nos dois modelos, uma vez que sua atividade anti-inflamatória foi revertida pela associação da lectina ao açúcar ligante. O tratamento sub-crônico com a LaL foi bem tolerado pelos animais. A lectina de LaL apresenta resposta anti-inflamatória de natureza celular em ratos, com participação do domínio lectínico. Palavras-chave:&nbsp;</span></font><i style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px;">Lonchocarpus</i><i style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px;">&nbsp;araripensis</i><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px;">, l</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px;">ectina de leguminosa,</span><span style="font-family: Arial; font-size: 13.3333px;">&nbsp;efeito anti-inflamatório.</span>
publishDate 2011
dc.date.none.fl_str_mv 2011
2012-03-02T00:00:00Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=70524
url https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=70524
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual do Ceará
publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual do Ceará
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UECE
instname:Universidade Estadual do Ceará
instacron:UECE
instname_str Universidade Estadual do Ceará
instacron_str UECE
institution UECE
reponame_str Repositório Institucional da UECE
collection Repositório Institucional da UECE
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UECE - Universidade Estadual do Ceará
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1828295852222840833