Disfunções sexuais e variáveis relacionadas a estenose vaginal em mulheres após a radioterapia para tratamento do câncer ginecológico
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Publication Date: | 2020 |
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Download full: | https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/22318 |
Summary: | Objetivo: Descrever as principais disfunções sexuais presentes em mulheres após serem submetidas a braquiterapia de alta taxa de dose nos primeiros seis meses aos nove meses após o tratamento, e correlacionar com a estenose vaginal. Métodos: Trata-se de um estudo com delineamento transversal, de abordagem quantitativa e análise retrospectiva de prontuários eletrônicos com 113 mulheres tratadas com radioterapia para câncer ginecológico. A estenose vaginal foi avaliada pelo Critério de Terminologia Comum para Eventos Adversos (CTCAE v4.03) e a disfunção sexual avaliada por meio do Questionário Female Sexual Function Index (FSFI). Características demográficas e clínicas foram analisadas por frequência simples e teste exato de fisher. A diferença entre as participantes com atividade sexual e sem atividade sexual foi realizada por meio do teste T independente e qui-quadrado. Para estimar a correlação entre as variáveis, bruta e ajustada com seus respectivos IC95%, utilizou-se a regressão linear simples e regressão múltipla ajustada para a estenose vaginal. Foi considerado significativo quando p<0,05 em todas as análises. Resultados: O tipo de câncer mais prevalente foi o de colo de útero 73,5% (n=84). O estadiamento mais comum foi IIB com 35,4% (n=40). A estenose vaginal foi identificada em 44,2%, com prevalência de grau 1 em 70% delas. Observa-se que as participantes com atividade sexual relataram pior desejo sexual (p≤0,001), com pouca excitação (p≤0,001), baixa lubrificação (p≤0,001), pouca satisfação sexual (p≤0,001) e dor durante a relação sexual (p≤0,001).As participantes que receberam doses maiores de braquiterapia apresentaram mais estenose vaginal (p=0,020)e com maior grau (p≤0,001). Ao analisar a função sexual, as participantes sem estenose vaginal relataram mais dor (p=0,049). Conclusão: Dentre as pacientes com câncer ginecológico tratadas com BATD, foi encontrada uma maior prevalência do câncer de colo uterino e do estadiamento IIB. As participantes com atividade sexual praticavam mais atividade física e a presença de estenose vaginal foi significativamente maior nas mulheres com atividade sexual. A dose foi um fator importante associado a presença de estenose e ao maior grau. Desta forma, tornam-se necessários mais estudos que associem as disfunções sexuais às variáveis clínicas e também sua correlação com a estenose vaginal. |
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