Função sexual e variáveis relacionadas ao assoalho pélvico em mulheres com câncer ginecológico após um ano de braquiterapia
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Publication Date: | 2020 |
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Download full: | https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/22294 |
Summary: | OBJETIVO: Avaliar a função sexual em mulheres após serem submetidas a braquiterapia de alta taxa de dose no tratamento de câncer ginecológico após um ano de finalização do tratamento, e associar com a estenose vaginal e contração dos músculos do assoalho pélvico (MAP). MÉTODOS: Estudo transversal, de abordagem quantitativa e análise retrospectiva de prontuários eletrônicos do Centro de Pesquisas Oncológicas em Florianópolis, SC, Brasil. Foram selecionados 139 prontuários de pacientes tratadas com radioterapia para câncer ginecológico, entre 12 e 24 meses após a conclusão do tratamento. A disfunção sexual foi avaliada pelo questionário Female Sexual Function Index (FSFI), a estenose vaginal pelo Critério de Terminologia Comum para Eventos Adversos (CTCAE v4.03), e a capacidade de contração dos MAP de acordo com Ortiz. Para verificar as características demográficas e clínicas foi realizada a frequência simples e o teste exato de fisher. Para estimar a correlação entre as variáveis, bruta e ajustada com os respectivos IC95%, utilizou-se a regressão linear e a regressão múltipla ajustada pela estenose, teleterapia e braquiterapia, e o grau da estenose vaginal. Em todas as análises, foi considerado estatisticamente significante p<0,05. RESULTADOS: O câncer mais prevalente foi o de colo de útero com 77%. O estadiamento mais comum foi IIB (33,8%). A estenose vaginal foi identificada em 51,1% das participantes, com prevalência de grau 1 em 29,5% delas, e o uso do dilatador vaginal foi maior nas participantes que já apresentavam a estenose vaginal. Verificou-se que as participantes com atividade sexual tiveram piores pontuações em relação a excitação, lubrificação, orgasmo, satisfação e dor. As participantes que tinham estenose vaginal e receberam teleterapia + braquiterapia sentiram menos desejo sexual. Das participantes 51,8% apresentavam AFA grau 3 e foi observado que o grau de contração dos MAP era maior nas sexualmente ativas. CONCLUSÃO: A maioria apresentou estenose vaginal após a braquiterapia, principalmente grau 1. As participantes que já apresentavam a estenose vaginal usavam mais o dilatador. Nas que realizavam atividade sexual observou-se as piores pontuações nos domínios excitação, lubrificação, orgasmo, satisfação e dor, e as participantes sexualmente ativas tiveram maior capacidade de contração dos MAP. |
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