Eficácia de uma intervenção estruturada no desenvolvimento de comportamentos de autocuidado com a fístula arteriovenosa, em pessoas com doença renal crónica, em hemodiálise

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Main Author: Paquete, Ana Rita Cabral
Publication Date: 2019
Format: Master thesis
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10400.26/28034
Summary: A realização de comportamentos de autocuidado com a FAV é importante para que a pessoa com DRC consiga identificar sinais/sintomas ou situações que comprometam o funcionamento da FAV. Para aquisição desses comportamentos é necessário que o enfermeiro implemente programas educativos que permitam a capacitação da pessoa, em programa de HD, para a realização do autocuidado com a FAV. Este trabalho de investigação foi desenhado no sentido de identificar os comportamentos de autocuidado, de comparar a frequência desses comportamentos em centros de HD no norte de Portugal e nos Açores, de identificar os fatores que interferem com a sua frequência e de avaliar a eficácia de uma intervenção estruturada na frequência dos comportamentos de autocuidado com a FAV. Foram desenvolvidos dois estudos: um prospetivo e comparativo (Estudo 1) e outro quase-experimental (Estudo 2), nas duas regiões do país. Os comportamentos de autocuidado foram identificados através da ECAHD-FAV. Não foram identificadas diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos nas outras variáveis sociodemográficas e clínicas, exceto na situação profissional, em que existiam mais participantes reformados no norte de Portugal que nos Açores (85.4% e 50.0%, p=0.003, respetivamente) e, quanto à transmissão da informação, os enfermeiros estiveram menos envolvidos no grupo do norte do país que no grupo dos açoreanos (48,8% e 77.1%, p=0.011). A frequência de comportamentos de autocuidado com a FAV pela pessoa com DRC em HD, na primeira fase, foi equivalente tanto no continente português como no arquipélago (80.1% e 75.8%, p=0.078, respetivamente). Os participantes continentais apresentaram maior frequência de comportamentos de autocuidado com a FAV em comparação com os insulares (89.6% e 77.5%, p=0.0002, respetivamente), na subescala de gestão de sinais e sintomas. Após a implementação da IEAC-FAV (terceira fase) verificou-se um efeito positivo nos participantes dos Açores. Constatou-se uma melhoria significativa na frequência de comportamentos de autocuidado dos participantes, comparativamente com o norte de Portugal (91.4% e 79.2%, p<0.001), o mesmo se verificou para as subescalas de gestão de sinais e sintomas (94.4% e 90.1%, p=0.004) e prevenção de complicações (89.5% e 72.7%, p<0.001). Concluiu-se que, no Estudo 1, não existiam diferenças significativas na frequência de autocuidado com a FAV entre os dois grupos e, no Estudo 2, a implementação da IEAC-FAV contribuiu para uma melhoria significativa da frequência de comportamentos de autocuidado com a FAV das pessoas com DRC do centro de HD dos Açores.
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