Educar jovens para o empreendorismo, um processo também emocional: um estudo de caso com jovens entre os 12 e os 16 anos

• Autor(a) principal: Gomes, Carla Amélia Lemos dos Santos
• Data de Publicação: 2009
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11328/165
• topic: Educação social; Comportamentos empreendedores; Igualdade de oportunidades; Jovens educadores sociais; TMES

Pretendemos, com este estudo de caso, apontar um novo caminho para solucionar uma problemática que se traduz na necessidade crescente de empreendedores resultante da actual situação económica, tecnológica, cultural e social. O estudo teve por objecto a verificação de comportamentos empreendedores e competências emocionais, em jovens com idades compreendidas entre os 12 e os 16 anos, e a comprovação da possibilidade destes jovens poderem ser educados para o empreendorismo. Sabendo que as emoções têm um peso fulcral na existência humana, entendemos que é pela aquisição de competências emocionais que poderemos conseguir atingir este objectivo.  Consideramos que a escola munida de meios materiais e humanos, deverá ser o palco de toda esta empreitada, não só porque é onde os jovens permanecem a maior parte do seu tempo, como por considerarmos que é o veículo certo para compensar as desvantagens socioculturais que alguns jovens suportam e garantir a igualdade de oportunidades para todos. Baseados nos resultados estatísticos dos questionários, na observação directa e na análise de conteúdo das questões abertas, verificámos que o núcleo familiar tem um peso significativo face à percepção que têm de si mesmos. Também constatámos que os comportamentos empreendedores e as competências emocionais reagiram de forma semelhante perante as varáveis independentes, o que nos levou a concluirque, muito provavelmente estão relacionadas. Além disso, averiguámos que os jovens gostaram das sessões e voltariam a participar nas mesmas. Estas conclusões levam-nos a crer que este poderá ser o caminho para a incubação do espírito empreenderor. Certamente existirão outros factores, para além daqueles que foram considerados, que intervêm nos resultados da investigação. No entanto, deixamos em aberto a sugestão de serem efectuados ulteriormente, outros estudos nesta área no sentido de trazerem dados novos a esta investigação.