Nutrição mineral em plantas micorrizadas e não micorrizadas de Castanea sativa Mill com o fungo Pisolithus tinctorius: I. Teores de N, P e K ao longo de 90 dias de micorrização in vitro.

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Main Author: Martins, Anabela
Publication Date: 2004
Other Authors: Pais, Maria Salomé
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10198/6418
Summary: As micorrizas são o resultado de um processo de co-evolução entre plantas e fungos. As plantas aquáticas primitivas colonizaram o meio ambiente terrestre mercê de um conjunto de condições bióticas e abióticas, de entre as quais se contam a formação de micorrizas. As associações simbióticas são uma regra e não uma excepção entre os organismos mais complexos. As infecções fúngicas mais frequentes no Reino Plantae são as micorrizas, ocorrendo em 83% das dicotiledóneas e em 79% das monocotiledóneas, sendo todas as Gimnospérmicas micorrízicas. Castanea sativa Mill., à semelhança da maioria das espécies, é micorrízica, sendo conhecida a sua associação a numerosas espécies de fungos. Com o presente trabalho, pretendemos dar um contributo para o estudo da nutrição mineral em N, P e K no sistema micorrízico castanheiro – Pisolithus tinctorius. No sentido de proceder aos estudos de nutrição, produziram-se plantas de C. sativa por micropropagação e o fungo micorrízico Pisolithus tinctorius por cultura in vitro em meio sólido e líquido. A micorrização foi induzida num sistema axénico, em caixa de Petri, no qual os simbiontes foram postos em contacto, após um período de crescimento inicial do fungo no meio de cultura. O desenvolvimento da micorrização e das plantas foi acompanhado desde o primeiro dia de contacto planta-fungo, até aos 90 dias, tendo sido avaliados, em plantas micorrizadas (M), não micorrizadas (NM) e fungo (Pt), ao longo do processo de micorrização, os teores de: 1) azoto (total, amónio e nitratos); 2) fósforo (total, orgânico e inorgânico) e 3) potássio. Nos resultados obtidos em plantas micropropagadas de C. sativa micorrizadas in vitro com P. tinctorius verificámos que a micorrização influência de forma determinante a nutrição mineral das plantas, ainda que de forma diversa entre os diferentes minerais analisados e a partir de tempos diferentes de micorrização. Assim podemos dizer que em termos de nutrição mineral as micorrizas de castanheiro com Pt aumentam a absorção de: N, sobretudo na forma de NH4+, reflectindo-se nos teores de proteína; P (Pi e POrg) analisados quimicamente e de K. Além das diferenças nos teores de nutrientes minerais, observaram-se ainda diferenças na distribuição relativa de alguns deles pelos órgãos das plantas. Os teores de proteína são sempre superiores em plantas M.
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