Estudos e perspectivas futuras da micorrização in vitro e ex vitro de Castanea sativa Mill.
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Publication Date: | 2005 |
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Language: | por |
Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10198/5731 |
Summary: | O castanheiro, Castanea sativa Mill. é uma espécie agro-florestal de grande importância económica em Portugal, quer pela produção de fruto quer de madeira, sendo a sua cultura conhecida desde o tempo dos Romanos. A maioria das espécies vegetais possui micorrizas, associações mutualistas altamente evoluídas entre fungos do solo e raízes de plantas. As simbioses acompanharam a evolução da biosfera, sendo um dos casos de cooperação entre genomas de organismos diferentes. As micorrizas constituem as infecções fúngicas mais frequentes: todas as Gimnospérmicas, 83% das dicotiledóneas e 79% das monocotiledóneas são micorrízicas. Através da simbiose, a planta hospedeira recebe nutrientes minerais e o fungo obtém compostos de carbono, contribuindo de forma substancial para a biomassa do solo. O aumento da disponibilidade de nutrientes minerais, da resistência a agentes patogénicos e da tolerância a metais pesados e à secura, são algumas das vantagens específicas destas associações.C. sativa, como a maioria das espécies, estabelece micorrizas com numerosas espécies de fungos. Problemas conhecidos de sobrevivência e de produção levaram ao início de programas de propagação in vitro e ao estudo da melhoria das suas condições de aclimatação por micorrização controlada. Ulteriormente os trabalhos prosseguiram com o estudo da micorrização controlada de castanheiro, nos seus aspectos fisiológicos e químicos, quer em condições in vitro, quer ex vitro. Produziram-se in vitro plantas de C. sativa e o fungo Pisolithus tinctorius. Avaliaram-se parâmetros de crescimento, teores de alguns nutrientes minerais, teores em proteína, quantidades relativas e evolução da compartimentação de fosfatos por 31P-RMN, actividades de algumas enzimas (SOD, APX, GR, PO, PPO, lacase, PAL e β-glucosidase). A micorrização de germinantes ex vitro permitiu, ao longo de três anos, quantificar e avaliar os seguintes parâmetros: taxas de germinação e crescimento, teores de azoto e fósforo total e taxas de sobrevivência à aclimatação.Pretende-se fazer uma retrospectiva esquemática dos estudos realizados em termos de micorrização jn vitro e ex vitro de plantas de castanheiro micropropagadas e germinantes, e dos efeitos desta nos seus aspectos fisiológicos e químicos. Pretende-se ainda perspectivar os estudos em vias de desenvolvimento no domínio da micorrização, dos mecanismos e sinais de associação e dos efeitos comparativos com associações patogénicas da mesma espécie. Questões ligadas à biodiversidade de macrofungos associados ao castanheiro e à aplicação de fungos nativos em programas de micorrização controlada serão ainda abordados. |
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