Dor crónica lombar: modelo preditivo dos resultados da fisioterapia
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Publication Date: | 2013 |
Format: | Master thesis |
Language: | por |
Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10400.26/5558 |
Summary: | Objetivo: O estudo pretendeu determinar se um modelo baseado nos fatores de prognóstico, identificados na literatura, pode prever os resultados da intervenção em Fisioterapia, a curto prazo, em utentes com DLC, ao nível da incapacidade funcional, intensidade da dor e perceção global de melhoria. Introdução: Estima-se elevada prevalência e incidência de dor crónica lombar tanto em Portugal como em todos os países desenvolvidos. Esta é responsável por elevados índices incapacidade funcional, absentismo laboral e pela maioria dos custos do sistema de saúde. A fisioterapia é das intervenções a que mais se recorre, no entanto os efeitos reportados são diversificados. A obtenção de “bons/ maus” resultados tem sido associada à tipologia de tratamento, mas também a características intrínsecas aos indivíduos ou à forma como a DCL está presente nas pessoas. No que respeita às características intrínsecas aos indivíduos, tem sido estudada a capacidade preditiva de fatores de natureza sócio demográfica e clínica na antecipação desses resultados. Contudo, parece não existir consenso acerca dos mesmos, com os modelos preditivos resultantes a demonstrar reduzida capacidade de explicação da variância dos “bons/ maus” resultados obtidos. Metodologia: Tratou-se de uma coorte prospetiva não probabilística, com dois momentos de avaliação, num período de 6 semanas. Selecionou-se uma amostra por conveniência a partir dos indivíduos que recorreram a serviços de Fisioterapia em Portugal e que cumpriam os critérios de inclusão definidos á priori. Os resultados foram analisados segundo um modelo de regressão logística multivariada, sendo sintetizados de um modo quantitativo. Resultados: A amostra final foi de 171 pessoas com dor crónica lombar e idade média de 48 anos. O curso clínico observado foi, a redução significativa na QBPDS-PT (p=0,000; z= -7,994) e EVA (p=0,000; z= -8,742). O modelo de regressão logística analisado para o outcome incapacidade funcional, revelou ser estatisticamente significativo [X²(2)=22,628 (p<0,001)], explicando 16,6% (Nagelkerke R2 value) da variância da probabilidade de obter “bons” resultados. E evidenciou capacidade preditiva razoável (sensibilidade é de 76,8% e a especificidade de 60,5%) assim como boa capacidade discriminativa (ROC c=0.712, p<0.001).Também o modelo de regressão logística para o outcome intensidade da dor, demonstrou ser estatisticamente significativo [X²(2)=25,731 (p<0,001)], explicando 18,7% (Nagelkerke R2 value) da variância da probabilidade de obter “bons” resultados. E registou boa capacidade discriminativa (ROC c=0,713; p<0.001) e preditiva (sensibilidade é de 75% e a especificidade de 51,9%). Verificou-se ainda, que à semelhança dos anteriores, o modelo de regressão logística, para o outcome perceção global de melhoria, é estatisticamente significativo [X²(2)= 14,936 (p<0,001)], explicando 11,4% (Nagelkerke R2 value) da variância da probabilidade de obter “bons” resultados. Demonstrou também, moderada capacidade discriminativa (habilitações literárias ROC c=0.665, p<0.001) e preditiva (sensibilidade é de 73,1% e a especificidade de 58,7%). Conclusão: Os dados do estudo sugerem que ao fim de 6 semanas de fisioterapia, o nível da incapacidade funcional e de intensidade da dor diminuem significativamente. Indicam ainda que, os modelos determinados são significativos e possuem capacidade preditiva e discriminativa razoável dos “bons” resultados da fisioterapia, em termos de incapacidade funcional, intensidade da dor e perceção global de melhoria. |
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Objetivo: O estudo pretendeu determinar se um modelo baseado nos fatores de prognóstico, identificados na literatura, pode prever os resultados da intervenção em Fisioterapia, a curto prazo, em utentes com DLC, ao nível da incapacidade funcional, intensidade da dor e perceção global de melhoria. Introdução: Estima-se elevada prevalência e incidência de dor crónica lombar tanto em Portugal como em todos os países desenvolvidos. Esta é responsável por elevados índices incapacidade funcional, absentismo laboral e pela maioria dos custos do sistema de saúde. A fisioterapia é das intervenções a que mais se recorre, no entanto os efeitos reportados são diversificados. A obtenção de “bons/ maus” resultados tem sido associada à tipologia de tratamento, mas também a características intrínsecas aos indivíduos ou à forma como a DCL está presente nas pessoas. No que respeita às características intrínsecas aos indivíduos, tem sido estudada a capacidade preditiva de fatores de natureza sócio demográfica e clínica na antecipação desses resultados. Contudo, parece não existir consenso acerca dos mesmos, com os modelos preditivos resultantes a demonstrar reduzida capacidade de explicação da variância dos “bons/ maus” resultados obtidos. Metodologia: Tratou-se de uma coorte prospetiva não probabilística, com dois momentos de avaliação, num período de 6 semanas. Selecionou-se uma amostra por conveniência a partir dos indivíduos que recorreram a serviços de Fisioterapia em Portugal e que cumpriam os critérios de inclusão definidos á priori. Os resultados foram analisados segundo um modelo de regressão logística multivariada, sendo sintetizados de um modo quantitativo. Resultados: A amostra final foi de 171 pessoas com dor crónica lombar e idade média de 48 anos. O curso clínico observado foi, a redução significativa na QBPDS-PT (p=0,000; z= -7,994) e EVA (p=0,000; z= -8,742). O modelo de regressão logística analisado para o outcome incapacidade funcional, revelou ser estatisticamente significativo [X²(2)=22,628 (p<0,001)], explicando 16,6% (Nagelkerke R2 value) da variância da probabilidade de obter “bons” resultados. E evidenciou capacidade preditiva razoável (sensibilidade é de 76,8% e a especificidade de 60,5%) assim como boa capacidade discriminativa (ROC c=0.712, p<0.001).Também o modelo de regressão logística para o outcome intensidade da dor, demonstrou ser estatisticamente significativo [X²(2)=25,731 (p<0,001)], explicando 18,7% (Nagelkerke R2 value) da variância da probabilidade de obter “bons” resultados. E registou boa capacidade discriminativa (ROC c=0,713; p<0.001) e preditiva (sensibilidade é de 75% e a especificidade de 51,9%). Verificou-se ainda, que à semelhança dos anteriores, o modelo de regressão logística, para o outcome perceção global de melhoria, é estatisticamente significativo [X²(2)= 14,936 (p<0,001)], explicando 11,4% (Nagelkerke R2 value) da variância da probabilidade de obter “bons” resultados. Demonstrou também, moderada capacidade discriminativa (habilitações literárias ROC c=0.665, p<0.001) e preditiva (sensibilidade é de 73,1% e a especificidade de 58,7%). Conclusão: Os dados do estudo sugerem que ao fim de 6 semanas de fisioterapia, o nível da incapacidade funcional e de intensidade da dor diminuem significativamente. Indicam ainda que, os modelos determinados são significativos e possuem capacidade preditiva e discriminativa razoável dos “bons” resultados da fisioterapia, em termos de incapacidade funcional, intensidade da dor e perceção global de melhoria. |
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