As escolas como espaços de investigação e desenvolvimento : questões emergentes em duas escolas açorianas

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Main Author: Sousa, Francisco
Publication Date: 2014
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10400.3/3440
Summary: Os apelos à indução de uma cultura de investigação em escolas do ensino não superior remontam, pelo menos, à década de 70 do século XX, destacando-se, nessa altura, os trabalhos de Lawrence Stenhouse e a sua defesa de "uma ciência educativa em que cada sala de aula é um laboratório e cada professor um membro da comunidade científica". Com o seu trabalho pioneiro, Stenhouse não só apela a que os professores investiguem mas também promove a ideia de que a investigação ação é o método por excelência do professor investigador. Mais recentemente, têm emergido novas abordagens à investigação realizada por professores do ensino não superior ou então com a participação destes. É o caso da investigação do design educacional, que tem várias características em comum com a investigação ação – designadamente o seu enfoque em problemas práticos, o facto de ser conduzida em contextos reais de ensino e depender da participação efetiva (não apenas da disponibilidade para fornecer dados) dos professores que trabalham nesses contextos – mas distingue-se desta última por visar a produção de princípios de design generalizáveis e integráveis na construção de uma base de conhecimento. Procurando explorar estas possibilidades de participação de docentes do ensino não superior em processos de investigação, foram recentemente criados em duas escolas dos Açores Gabinetes de Investigação e Desenvolvimento (GID), no contexto dos quais equipas constituídas por professores dessas mesmas escolas, com a participação de investigadores universitários, se debruçam sobre problemas da sua prática educativa, procurando resolvê-los ou atenuá-los através de processos investigativos. Esta comunicação relata o percurso já realizado nessas escolas: identificação de problemas a abordar prioritariamente – elevada taxa de insucesso escolar num caso e alheamento de vários alunos em relação à escola no outro caso –, definição de planos de caracterização rigorosa dos problemas e início da recolha dos dados que fundamentam essa caracterização. Além de descrever e discutir estas etapas do trabalho já realizado ou em curso, a comunicação apresenta uma previsão do trabalho a realizar nas próximas etapas.
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