Diabetes mellitus tipo 2 e pandemia COVID-19: qual o impacto?
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Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
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Summary: | Resumo Introdução: A diabetes mellitus é uma das principais causas de morbimortalidade em todo o mundo. Pretende-se verificar se a pandemia COVID-19 teve repercussões no controlo metabólico e cardiovascular dos doentes com diabetes mellitus tipo 2 (DM2) da USF Garcia de Orta (GO), do ACeS Porto Ocidental. Método: Estudo observacional, transversal, analítico. A população do estudo corresponde aos utentes inscritos na USF GO com o diagnóstico de DM (código T89 e T90 da ICPC-2) na lista de problemas ativos. Depois de aplicados os critérios de inclusão e exclusão obteve-se a amostra por aleatorização simples. Foram comparados valores de hemoglobina glicada (HbA1c), colesterol-LDL, índice de massa corporal (IMC), pressão arterial sistólica (PAs) e diastólica (PAd), registados num período pré-pandémico com os de um período pandémico. Resultados: A amostra foi de 218 pacientes, com média de idades de 70,9 ±11,1 anos. Na amostra a mediana de HbA1c (6,75 vs 6,80) e do colesterol-LDL (82,80 vs 91,60) foi inferior no período pandémico. Verificando-se o oposto em relação ao IMC, com a mediana superior no período pandémico (27,03 vs 26,87). Apenas na análise do colesterol-LDL se obteve um resultado estatisticamente significativo. Na análise do controlo tensional, em média, os valores de PAs (134.06 vs 133.41) e PAd (77.97 vs 76.59) foram superiores no período pandémico face ao pré-pandémico, mas sem significado estatístico. Discussão: No estudo encontrou-se, à exceção do IMC, da PAs e da PAd, uma melhoria dos valores no período pandémico. Em relação ao impacto da pandemia nas variáveis estudadas estão descritos na literatura resultados contraditórios. Estes resultados podem refletir a qualidade das teleconsultas realizadas no período pandémico e/ou no esforço dos diabéticos por manter hábitos saudáveis. Conclusão: Não se pode afirmar que, no período avaliado, a pandemia COVID-19 teve impacto negativo no controlo metabólico e cardiovascular dos pacientes com DM2 da população estudada. |
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Diabetes mellitus tipo 2 e pandemia COVID-19: qual o impacto?Diabetes mellitus tipo 2COVID-19Cuidados de saúde primáriosResumo Introdução: A diabetes mellitus é uma das principais causas de morbimortalidade em todo o mundo. Pretende-se verificar se a pandemia COVID-19 teve repercussões no controlo metabólico e cardiovascular dos doentes com diabetes mellitus tipo 2 (DM2) da USF Garcia de Orta (GO), do ACeS Porto Ocidental. Método: Estudo observacional, transversal, analítico. A população do estudo corresponde aos utentes inscritos na USF GO com o diagnóstico de DM (código T89 e T90 da ICPC-2) na lista de problemas ativos. Depois de aplicados os critérios de inclusão e exclusão obteve-se a amostra por aleatorização simples. Foram comparados valores de hemoglobina glicada (HbA1c), colesterol-LDL, índice de massa corporal (IMC), pressão arterial sistólica (PAs) e diastólica (PAd), registados num período pré-pandémico com os de um período pandémico. Resultados: A amostra foi de 218 pacientes, com média de idades de 70,9 ±11,1 anos. Na amostra a mediana de HbA1c (6,75 vs 6,80) e do colesterol-LDL (82,80 vs 91,60) foi inferior no período pandémico. Verificando-se o oposto em relação ao IMC, com a mediana superior no período pandémico (27,03 vs 26,87). Apenas na análise do colesterol-LDL se obteve um resultado estatisticamente significativo. Na análise do controlo tensional, em média, os valores de PAs (134.06 vs 133.41) e PAd (77.97 vs 76.59) foram superiores no período pandémico face ao pré-pandémico, mas sem significado estatístico. Discussão: No estudo encontrou-se, à exceção do IMC, da PAs e da PAd, uma melhoria dos valores no período pandémico. Em relação ao impacto da pandemia nas variáveis estudadas estão descritos na literatura resultados contraditórios. Estes resultados podem refletir a qualidade das teleconsultas realizadas no período pandémico e/ou no esforço dos diabéticos por manter hábitos saudáveis. Conclusão: Não se pode afirmar que, no período avaliado, a pandemia COVID-19 teve impacto negativo no controlo metabólico e cardiovascular dos pacientes com DM2 da população estudada.Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar2023-10-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732023000500406Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar v.39 n.5 2023reponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAPporhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732023000500406Lopes,NinaMina,IsabelGonçalves,Maria JoãoFonseca,Clara BarrosHenriques,Manuel AmaralOuteirinho,ConceiçãoPereira,Paulo LimaSilva,Mariana CruzCosta,RodrigoCalafate,Anainfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-02-06T17:28:17Zoai:scielo:S2182-51732023000500406Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-28T13:15:23.521417Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse |
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