As tunas como espaços de inclusão: o caso da RaussTuna – Tuna Mista de Bragança

Bibliographic Details
Main Author: Carvalho, Vasco Rafael da Costa
Publication Date: 2024
Other Authors: Coelho, Márcio da Costa Rodrigues, Gonçalves, Bruno F.
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10198/29727
Summary: Atualmente é extremamente difícil falar-se de tunas e não se falar de espaços de abertura, integração e inclusão. De facto, a maior parte das tunas parece afirmar-se, cada vez mais, como espaços onde todos são bem-vindos e bem recebidos, onde impera a liberdade de escolha e onde as preferências de todos são motivo de orgulho e respeito mútuo. Este trabalho visa, de um modo geral, identificar alguns aspetos que evidenciam que a inclusão nas tunas pode de facto existir e subsistir. Neste sentido, faz-se uso da metodologia de estudo de caso que incidirá na RaussTuna – Tuna Mista de Bragança (TMB), Instituto Politécnico de Bragança (IPB), Portugal. Através desta metodologia identificamos algumas práticas que evidenciam que a inclusão existe nesta tuna e que é um contributo absolutamente indispensável para o seu funcionamento enquanto associação juvenil. Os dados foram recolhidos através da observação participante, cujas notas foram registadas no diário do investigador e foram analisados no Microsoft Excel. Os resultados evidenciam dez evidências da inclusão nesta tuna: (i) Os novos membros são recebidos pelos órgãos que constituem o Conselho Administrativo da tuna (Direção, Coordenação Musical e Conselho de Veteranos), facilitando o seu ingresso através da explicação das normas de funcionamento da associação e dos demais processos internos; (ii) A tuna aceita pessoas de religiões, partidos políticos e clubes distintos, com opções sexuais e faixas etárias muito diversificadas, sem qualquer tipo de constrangimentos; (iii) A associação aceita todos os alunos, independentemente, das instituições de ensino superior, nacionais e internacionais, a que pertencem; (iv) É admitido o uso do traje académico da instituição de ensino superior de origem de cada um dos alunos, não apenas do IPB; (v) Todos os membros são convidados a colaborar no desenvolvimento da tuna através da integração de equipas mais alargadas de trabalho; (vi) Ao nível da estrutura interna, esta tuna procura integrar nas várias funções membros de ambos os sexos para garantir a paridade, mas também de várias idades; (vii) Também na música, existe um equilíbrio entre o sexo, especialmente, no que se refere à distribuição dos instrumentos, mas também no canto, nas oportunidades de solos nas diversas músicas; (viii) Diversidade cultural dos seus membros e pertença a países distintos, essencialmente, Portugal, Brasil, Cabo Verde e São Tomé; (ix) Realização de diferentes tipos de atuações, para públicos muito distintos, destacando-se muito as causas sociais; (x) A gratuitidade para os membros da Tuna nas suas deslocações para as várias atividades, inclusive as atuações de todos os tipos. Em suma, esta tuna apresenta-se como um espaço inclusivo, onde todos os seus membros têm liberdade para estar, pertencer, ser e ajudar a desenvolver esta associação com suporte nos seus ideais, no seu envolvimento e na sua entrega à causa. A RaussTuna afirma-se como uma tuna inclusiva em todas as dimensões da sua atividade, social, cultural, musical, académica, organizacional e, especialmente, nos seus valores e tradições.
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Através desta metodologia identificamos algumas práticas que evidenciam que a inclusão existe nesta tuna e que é um contributo absolutamente indispensável para o seu funcionamento enquanto associação juvenil. Os dados foram recolhidos através da observação participante, cujas notas foram registadas no diário do investigador e foram analisados no Microsoft Excel. Os resultados evidenciam dez evidências da inclusão nesta tuna: (i) Os novos membros são recebidos pelos órgãos que constituem o Conselho Administrativo da tuna (Direção, Coordenação Musical e Conselho de Veteranos), facilitando o seu ingresso através da explicação das normas de funcionamento da associação e dos demais processos internos; (ii) A tuna aceita pessoas de religiões, partidos políticos e clubes distintos, com opções sexuais e faixas etárias muito diversificadas, sem qualquer tipo de constrangimentos; (iii) A associação aceita todos os alunos, independentemente, das instituições de ensino superior, nacionais e internacionais, a que pertencem; (iv) É admitido o uso do traje académico da instituição de ensino superior de origem de cada um dos alunos, não apenas do IPB; (v) Todos os membros são convidados a colaborar no desenvolvimento da tuna através da integração de equipas mais alargadas de trabalho; (vi) Ao nível da estrutura interna, esta tuna procura integrar nas várias funções membros de ambos os sexos para garantir a paridade, mas também de várias idades; (vii) Também na música, existe um equilíbrio entre o sexo, especialmente, no que se refere à distribuição dos instrumentos, mas também no canto, nas oportunidades de solos nas diversas músicas; (viii) Diversidade cultural dos seus membros e pertença a países distintos, essencialmente, Portugal, Brasil, Cabo Verde e São Tomé; (ix) Realização de diferentes tipos de atuações, para públicos muito distintos, destacando-se muito as causas sociais; (x) A gratuitidade para os membros da Tuna nas suas deslocações para as várias atividades, inclusive as atuações de todos os tipos. Em suma, esta tuna apresenta-se como um espaço inclusivo, onde todos os seus membros têm liberdade para estar, pertencer, ser e ajudar a desenvolver esta associação com suporte nos seus ideais, no seu envolvimento e na sua entrega à causa. A RaussTuna afirma-se como uma tuna inclusiva em todas as dimensões da sua atividade, social, cultural, musical, académica, organizacional e, especialmente, nos seus valores e tradições.Nowadays, it is extremely difficult to talk about tunas and not talk about spaces of openness, integration and inclusion. In fact, most tunas seem to be increasingly asserting themselves as spaces where everyone is welcome and well received, where freedom of choice prevails and where everyone's preferences are a source of pride and mutual respect. This work aims, in general, to identify some aspects that show that inclusion in tunas can in fact exist and subsist. To this end, a case study methodology is used, focusing on RaussTuna - Tuna Mista de Bragança (TMB), Instituto Politécnico de Bragança (IPB), Portugal. Through this methodology we identified some practices that show that inclusion exists in this tuna and that it is an absolutely indispensable contribution to its functioning as a youth association. Data was collected through participant observation, whose notes were recorded in the researcher's diary and analyzed in Microsoft Excel. The results show ten signs of inclusion in this tuna: (i) New members are welcomed by the bodies that make up the tuna's Administrative Council (Direction, Musical Coordination and Veterans' Council), making it easier for them to join by explaining the association's operating rules and other internal processes; (ii) The tuna accepts people from different religions, political parties and clubs, with very diverse sexual options and age groups, without any constraints; (iii) The association accepts all students, regardless of the national and international higher education institutions to which they belong; (iv) The academic dress of the higher education institution of origin of each of the students is allowed, not just IPB; (v) All members are invited to collaborate in the development of the tuna by joining larger work teams; (vi) In terms of internal structure, this tuna seeks to integrate members of both sexes into the various functions to ensure parity, but also of various ages; (vii) Also in music, there is a balance between the sexes, especially with regard to the distribution of instruments, but also in singing, in the opportunities for solos in the various songs; (viii) Cultural diversity of its members and belonging to different countries, essentially Portugal, Brazil, Cape Verde and São Tomé; (ix) Performances of different types, for very different audiences, with a strong emphasis on social causes; (x) Free travel for Tuna members to the various activities, including performances of all kinds. In short, this tuna presents itself as an inclusive space, where all its members have the freedom to be, to belong, to be andInstituto Politécnico de BragançaBiblioteca Digital do IPBCarvalho, Vasco Rafael da CostaCoelho, Márcio da Costa RodriguesGonçalves, Bruno F.2024-05-07T10:30:17Z20242024-01-01T00:00:00Zconference objectinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10198/29727porCarvalho, Vasco Rafael da Costa; Coelho, Márcio da Costa Rodrigues; Gonçalves, Bruno F. (2024). As tunas como espaços de inclusão: o caso da RaussTuna – Tuna Mista de Bragança. In Pais, Clarisse; Gonçalves, Bruno F.; Gonçalves, Vitor (Eds.) IV Jornadas Internacionais de Tunas (JiT24): livro de resumos. Bragança978-972-745-335-1info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2025-02-25T12:21:21Zoai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/29727Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-28T14:39:51.459046Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse
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