VIH e Sida: quarenta anos depois

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Main Author: Simões, Isabel Maria Henriques
Publication Date: 2021
Format: Other
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
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Summary: A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), integra o lema "Fim das Desigualdades. Fim da Sida. Fim da pandemia", de 2021 da ONUSIDA e, em sintonia com o Centro Colaborador da OMS e, sob a égide do compromisso dos estados-membros da ONU para a eliminação da epidemia de VIH e Sida até 2030, desenvolve neste âmbito campanhas de sensibilização à comunidade. Pelo que ao longo de duas semanas, será publicada uma série de três artigos integrados nas comemorações mundiais dos 40 anos luta contra a infeção por VIH. Muito foi feito ao longo destas quatro décadas de infeção, desde a prevenção ao tratamento, nomeadamente a prevenção combinada (comportamental, biomédica e estrutural). Têm sido realizadas campanhas comunitárias e de educação sexual nas escolas, mas é prioritário que cada pessoa conheça o seu estado serológico, através de rastreios gratuitos no SNS ou através de autotestes adquiridos nas farmácias. Os dados científicos disponíveis indicam que pessoas infetadas com VIH, controladas, em supressão vírica e que cumpram a terapêutica prescrita, têm aumento da longevidade e qualidade de vida e risco diminuído de contagiar terceiros. No entanto, o último relatório da ONUSIDA refere que 37,7 milhões de pessoas no mundo vivem com VIH e 10,2 milhões aguardam tratamento. A evolução nesta área em Portugal tem sido favorável, apesar de continuar a ser um dos países da europa ocidental com maior incidência de casos. É fundamental continuar a reduzir o número de novas infeções, em particular em populações-chave (homens que têm sexo com homens, trabalhadores de sexo, usuários de drogas injetáveis e transgéneros) e grupos vulneráveis (jovens, mulheres e migrantes), e o número de diagnósticos tardios. Em Portugal estão diagnosticados, desde o primeiro caso conhecido, cerca de 62 000 pessoas, nos diferentes estadios, com taxas mais elevadas de novos diagnósticos no grupo etário dos 25 aos 29 anos. Nos últimos dois anos, com o surgimento da pandemia de Covid-19, na europa incluindo Portugal, houve redução de 26% dos rastreios e de diagnósticos de infeção VIH. O que segundo a OMS, aumenta o risco de infeções nas próximas décadas, impedindo que seja alcançada a meta "95-95-95" (95% de pessoas diagnosticadas, 95% de pessoas em tratamento e 95% em supressão vírica) da agenda 2030 da ONU. Segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças, um terço dos migrantes que vivem na europa são infetados no país de acolhimento, sobretudo devido a dificuldades iniciais no acesso aos serviços de saúde, associado a determinantes políticos, sociais, económicos e burocráticos, o que põe a nu as desigualdades no acesso as medidas preventivas e tratamentos. A recém-adotada Estratégia Global para a Sida 2021-2026, reflete as decisões do diálogo de Alto Nível das Nações Unidas de 2021, que estabelece novas metas na prevenção e tratamento do VIH e na redução do estigma e da discriminação e alinham-se com os objetivos de desenvolvimento sustentável. Se alcançadas, fornecerão serviços de resposta a 95% das pessoas que deles necessitam, reduzindo o número de novas infeções anuais por VIH para menos de 370.000 e de mortes relacionadas com a Sida para menos de 250.000.
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