Marcadores de risco dos clientes admitidos no serviço de urgência
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Publication Date: | 2018 |
Format: | Master thesis |
Language: | por |
Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10400.19/5458 |
Summary: | Enquadramento: A estratificação dos marcadores de risco de clientes admitidos no serviço de urgência assume-se como um instrumento fulcral para a prestação de cuidados de excelência. Objetivo: Determinar o nível de risco clínico mais prevalente nos clientes com prioridade clinica vermelha, admitidos no serviço de urgência. Metodologia: Estudo de análise quantitativa e de coorte retrospetivo, envolvendo uma amostra de 427 clientes admitidos no serviço de urgência de um centro hospitalar da região centro de Portugal no ano de 2017, com uma média de idades de 69 anos (±20), sendo a maioria (52.7%) do género masculino. O estudo insere-se no Projeto de investigação “Evidências para Não arriscar Vidas: do pré hospitalar ao serviço de urgência e à alta”, desenvolvido em parceria entre a Escola Superior de Saúde de Viseu e o Centro Hospitalar Tondela-Viseu, autorizado pelo Conselho de Administração e com parecer favorável da Comissão de Ética para a Saúde da instituição selecionada como participante. Os dados foram recolhidos com base na informação administrativa, com registo numa grelha de recolha de dados. Resultados: Como dados significativos citam-se os seguintes: No período entre as 8h-14h, foram admitidos no serviço de urgência 39.3% dos clientes, foram triados 37.5% e observados pelo médico 36.5%. A maioria dos clientes admitidos (75.4%) tiveram um tempo de triagem de zero minutos. Realizaram exames complementares de diagnóstico 60.5% e a maioria realizou gasimetria (52.1%). Os valores de saturação de oxigénio foram normais em 56.1% e a administração de oxigénio ocorreu em 55%. O estado do cliente manteve-se estável em 34.3%, e 26.7% foram internados no Centro Hospitalar e em 23.9% o desfecho foi o óbito. Em 39.6% dos casos a hora da alta recai entre as 14h-20h. O tempo de permanência no serviço de urgência foi ≤ 120 minutos em 37.0% e 32.0% permaneceram mais de 360 minutos. A realização de manobras de RCP, ocorreu apenas em 8.2%.O nível de risco oscilou entre 0 e 17, a que corresponde um nível de risco médio de 5.39 (4.40), numa escala de 0 a 18, pontuando os homens, em média (M=5.814.71), com maior nível de risco do que as mulheres (M=4.943.99), com diferenças estatísticas (t=2.014;p=0.045).O rácio de chances da ocorrência de manobras de RCP (OR=0.333) faz decrescer para 66.7% o nível de risco quando não são executadas. Por outro lado, os clientes com idade inferior ou igual a 70 anos (OR=0.422), o tempo de permanência no serviço de urgência <= 120 minutos e entre 120 e 240 minutos, e ainda o menor tempo de observação médica (entre 1 a 10 minutos) também fazem decrescer o nível de risco, respetivamente em 57.8% 94.7% 67.7% e 72.9%, enquanto que o tempo de permanência superior a 240 minutos faz aumentar o índice de risco em 152.8%. Conclusão: A ocorrência de manobras de RCP, a faixa etária e o tempo de permanência no serviço de urgência, encontram-se associadas ao nível de risco nas pessoas que recorrem ao serviço de urgência, constituindo-se como preditivas do risco clínico no SU. |
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