À procura de Moçambique no Museu Nacional de Etnologia, Portugal

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Main Author: Sarmento, João
Publication Date: 2020
Other Authors: Martins, Moisés de Lemos
Format: Article
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: https://doi.org/10.21814/rlec.3132
Summary: Em 1965, o Museu de Etnologia do Ultramar – hoje Museu Nacional de Etnologia – foi inaugurado em Lisboa. A sua criação resultou em muito da atividade do antropólogo Jorge Dias e da sua equipa de colaboradores, mais concretamente de uma campanha a Moçambique, desenvolvida no seio da Missão de Estudos das Minorias Étnicas do Ultramar (1958-1961). Este artigo procura entender a relação entre a presença e a invisibilidade de Moçambique no Museu Nacional de Etnologia, através do espólio atual do museu, das exposições temporárias relacionadas com Moçambique que foram realizadas ao longo do tempo, e da exposição permanente atual. Contextualiza-se o aparecimento do Museu de Etnologia do Ultramar e os moldes em que foi criado; analisa-se a sua evolução, através de uma análise panorâmica do conjunto de exposições que incluíram objetos de Moçambique e que foram sendo organizadas nos mais de 50 anos da sua existência; e estuda-se a exposição permanente “O Museu, muitas coisas”, em exibição desde 2013. Conclui-se que Moçambique ocupa um lugar de destaque no Museu Nacional de Etnologia, quer pelas suas coleções e materiais documentais, quer pelas diversas exposições organizadas pelo museu ao longo da sua história. No entanto, está praticamente ausente da sua exposição permanente, sendo que a interpretação dos poucos objetos de Moçambique em exposição, necessita de uma revisão, pois está ancorada na estética dos seus objetos e não estimula qualquer tipo de pensamento crítico.
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spelling À procura de Moçambique no Museu Nacional de Etnologia, PortugalSearching for Mozambique at the National Museum of Ethnology, PortugalArtigos temáticosEm 1965, o Museu de Etnologia do Ultramar – hoje Museu Nacional de Etnologia – foi inaugurado em Lisboa. A sua criação resultou em muito da atividade do antropólogo Jorge Dias e da sua equipa de colaboradores, mais concretamente de uma campanha a Moçambique, desenvolvida no seio da Missão de Estudos das Minorias Étnicas do Ultramar (1958-1961). Este artigo procura entender a relação entre a presença e a invisibilidade de Moçambique no Museu Nacional de Etnologia, através do espólio atual do museu, das exposições temporárias relacionadas com Moçambique que foram realizadas ao longo do tempo, e da exposição permanente atual. Contextualiza-se o aparecimento do Museu de Etnologia do Ultramar e os moldes em que foi criado; analisa-se a sua evolução, através de uma análise panorâmica do conjunto de exposições que incluíram objetos de Moçambique e que foram sendo organizadas nos mais de 50 anos da sua existência; e estuda-se a exposição permanente “O Museu, muitas coisas”, em exibição desde 2013. Conclui-se que Moçambique ocupa um lugar de destaque no Museu Nacional de Etnologia, quer pelas suas coleções e materiais documentais, quer pelas diversas exposições organizadas pelo museu ao longo da sua história. No entanto, está praticamente ausente da sua exposição permanente, sendo que a interpretação dos poucos objetos de Moçambique em exposição, necessita de uma revisão, pois está ancorada na estética dos seus objetos e não estimula qualquer tipo de pensamento crítico.The Museu de Etnologia do Ultramar (Museum of Overseas Ethnology) – now called Museu Nacional de Etnologia (National Museum of Ethnology) – was inaugurated in 1965, in Lisbon. Its creation was mainly due to the action of the anthropologist Jorge Dias and his team of collaborators, more specifically a campaign to Mozambique, developed within the Mission for the Study of Ethnic Minorities (1958-1961). This paper aims at understanding the relationship between the presence and the invisibility of Mozambique in the Museu Nacional de Etnologia, through the current collections of the museum, temporary exhibitions related to Mozambique held over time, and the current permanent exhibition. The emergence of the Museu de Etnologia do Ultramar and the conditions in which it was established are put into context; a review of its evolution through a panoramic analysis of the several exhibitions that included objects from Mozambique and that were organised throughout over 50 years of existence is conducted; a study of the permanent exhibition “O Museu, muitas coisas”, held since 2013 is done. It is concluded that Mozambique plays a significant role in the Museu Nacional de Etnologia, either due to its collections and material documents, and the many exhibitions organised by the museum throughout its history. Nevertheless, Mozambique is almost absent from its permanent exhibition, and the interpretation of the few items in exhibition needs to be revised, as it is anchored to the aesthetics of the objects, and does not promote any kind of critical thinking.Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) da Universidade do Minho2020-12-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.21814/rlec.3132por2183-08862184-0458Sarmento, JoãoMartins, Moisés de Lemosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2024-10-25T08:02:32Zoai:journals.uminho.pt:article/3132Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-28T19:01:57.281800Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse
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