REPRESENTAÇÕES IDENTITÁRIAS DA MULHER NEGRA NO BRASIL E EM MOÇAMBIQUE

Bibliographic Details
Main Author: Ortiz, Iza Reis Gomes
Publication Date: 2014
Other Authors: Silva, José Famir Apontes da, Pereira, Eliane Auxiliadora
Format: Article
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: https://doi.org/10.21814/rlec.60
Summary: O estudo presente busca expor duas representações de mulher através da Literatura. Considerando a poesia, uma forma de experiência de vida, um autoconhecer-se, evocamos Octávio Paz para dialogar com seus conceitos, pois este apresenta o espaço como um encontro do sujeito histórico com o desejo da imaginação, do sonho. E as duas poetisas que serão trabalhadas neste artigo, são sujeitos que transformam o poema em um tecido vivo, cheio de história e vida, uma história que corrompe a do dominador e apresenta outra, a dos marginalizados. Através destas reflexões sobre poesia e História, supomos que as autoras Conceição Evaristo, brasileira, e Noémia de Sousa, moçambicana, construíram uma Literatura em que a mulher é colocada em evidência, ou seja, é trabalhada, é dada a voz a ela. Duas mulheres que refletiram sobre os problemas da escravidão e do preconceito: questões de raça e de gênero. São poesias que apontam para uma realidade estampada em todos os lugares: a desigualdade de gênero. Por mais que se tenha passado por um processo de valorização da mulher, ainda há ideias de que a mulher pode dançar, cozinhar, cantar, mas escrever, nem pensar, lembrando Conceição Evaristo. Noémia constrói sua poesia como um espaço para ecoar as vozes de uma identidade que foi por muito tempo sufocada, deformada e aniquilada. Em suas poesias, ressurge a mulher negra guerreira, lutadora, cheia de cultura e vida, é redesenhado um sujeito que foi apagado pela História e pela sociedade dominante. Através de autores como Stuart Hall, Michel Foucault, Octávio Paz e Homi Bhabha, tentaremos visualizar como Conceição Evaristo e Noémia de Sousa representaram a mulher negra em suas poesias, perpassando pela História, colonização e identidade cultural.
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