Quantificação da dor entre crianças, pais e enfermeiros

Bibliographic Details
Main Author: Sousa, Ana Filipa Domingues
Publication Date: 2017
Other Authors: Batalha, Luís Manuel da Cunha
Format: Other
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
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Summary: Introdução: A dor é um fenómeno multidimensional, complexo e subjetivo. A avaliação da dor é o primeiro passo para o diagnóstico e tratamento, sendo das tarefas mais difíceis de realizar, principalmente quando a autoavaliação não é possível. As investigações existentes mostram resultados conflituantes em relação à associação das avaliações de dor entre as crianças, pais e enfermeiros (Zhou, Roberts, & Horgan, 2008), sendo a dor relatada pela criança normalmente superior à percecionada pelos pais e enfermeiros (Kamper, Dissing, & Hestbaek, 2016). Objetivos: Correlacionar a avaliação da intensidade da dor relatada pela criança com a dos pais/ acompanhante significativo e enfermeiros. Metodologia: Estudo descritivo, correlacional e transversal que envolveu crianças com idades entre os 5 e os 17 anos de idade, internadas, os seus pais e enfermeiros cuidadores. Na avaliação da dor foram utilizadas a escala EVA e a escala FL ACC (Batalha, 2010), de forma independente, no mesmo momento por crianças, pais e enfermeiros. A intensidade da dor foi resumida pela mediana, mínimo e máximo e a correlação avaliada pelo coeficiente de Spearman (Pestana & Gageiro, 2014). Resultados: Participaram no estudo 64 díades, entre crianças, pais e enfermeiros. A mediana de idades das crianças foi de 8 anos, dos pais de 40 (22-51) anos e dos enfermeiros de 26,5 (21-52) anos. Em todas as avaliações verificou-se uma associação moderada entre as díades. Para as avaliações feitas com a escala EVA entre criança e pais (rs=0,66), entre criança e enfermeiro (rs=0,48) e entre pais e enfermeiro (rs=0,56). Para as avaliações entre as escalas EVA e FL ACC entre criança e pais (rs=0,51), entre criança e enfermeiro (rs=0,55) e entre pais e enfermeiro (rs=0,52). Para avaliações entre as escalas FL ACC entre pais e enfermeiro (rs=0,66). A intensidade de dor percecionada pela criança, com uma mediana de 3 (0-9), foi superior à avaliada pelos pais 2 (0-10) e pelos enfermeiros 1 (0-9). Conclusões: Concluiu-se que pais e enfermeiros subestimam a dor percecionada pelas crianças e que pais e enfermeiros revelam uma associação moderada com a autoavaliação da dor da criança. Todavia, parecem ser os pais que mais se aproximam da dor percecionada pela criança, o que nos alerta para o papel que podem desempenhar na avaliação da dor, quando ensinados para tal.
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