"Quantificação da dor entre crianças, pais e enfermeiros."
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Publication Date: | 2018 |
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Language: | por |
Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
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Summary: | A dor é um fenómeno multidimensional, complexo e subjectivo, presente na generalidade das situações que requerem cuidados de saúde e cujo controlo é um dever dos profissionais de saúde. A avaliação da dor é o primeiro passo para o seu diagnóstico e correto tratamento, sendo das tarefas mais difíceis de realizar pelos enfermeiros principalmente quando a auto-avaliação não é possível. As investigações existentes mostram resultados conflituantes em relação à associação das avaliações de dor entre as três díades de criança, pais e enfermeiros (Zhou, Roberts, & Horgan, 2008), sendo a dor relatada pela criança normalmente superior à percepcionada pelos pais e enfermeiros (Kamper, Dissing, & Hestbaek, 2016) O presente estudo teve como principal objetivo: Correlacionar a avaliação da intensidade da dor relatada pela criança com a dos pais/ acompanhante significativo e enfermeiros. Tratou-se de um estudo descritivo, correlacional e transversal que envolveu crianças com idades compreendidas entre os 5 e os 17 anos de idade, internadas ou com admissão para tratamento/ consulta, seus pais e enfermeiros cuidadores. Na avaliação da dor foram utilizadas a escala visual analógica (EVA) (Batalha, 2010) e a escala Face, Legs, Activity, Cry, Consolability (FLACC) (Batalha, 2010), de forma independente no mesmo momento por crianças, pais e enfermeiros. A intensidade da dor foi resumida pela mediana, mínimo e máximo e a correlação avaliada pelo coeficiente de Spearman, considerando a associação para valores de rs < 0.20 muito baixa, entre 0.20 - 0.39 baixa, entre 0.40 - 0.69 moderada, entre 0.70 - 0.89 alta e entre 0.9 - 1 muito alta.(Pestana & Gageiro, 2014) Participaram no estudo 64 díades entre crianças, pais e enfermeiros. A mediana de idades das crianças foi de 8 anos, dos pais de 40 (22-51) anos e dos enfermeiros de 26.5 (21-52) anos. Em todas as avaliações verificou-se uma associação moderada entre as díades. Para as avaliações feitas com a escala EVA entre criança e pais (rs=0.66), entre criança e enfermeiro (rs=0.48) e entre pais e enfermeiro (rs=0.56). Para as avaliações entre as escalas EVA e FLACC entre criança e pais (rs=0.51), entre criança e enfermeiro (rs=0.55) e entre pais e enfermeiro (rs=0.52). Para avaliações entre as escalas FLACC entre pais e enfermeiro (rs=0.66). A intensidade de dor percepcionada pela criança, com uma mediana de 3 (0-9), foi superior à avaliada pelos pais 2 (0-10) e pelos enfermeiros 1 (0-9). Concluiu-se que pais e enfermeiros subestimam a dor percepcionada pelas crianças e que pais e enfermeiros revelam uma associação moderada com a auto-avaliação da dor da criança. Todavia, parecem ser os pais que mais se aproximam da dor percepcionada pela criança, o que nos alerta para o papel que podem desempenhar na avaliação da dor, quando ensinados para tal. |
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