À espera do comboio na paragem do autocarro: Ou as implicações do stresse em meio urbano sobre a saúde e a qualidade de vida

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Main Author: Aguiar, Sandra Cristina Fialho
Publication Date: 2004
Format: Master thesis
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10400.12/274
Summary: O crescimento exponencial das áreas urbanas e o elevado número de estímulos, códigos, barreiras e desafios semelhantes que diariamente são colocados aos habitantes da cidade torna imperativo o estudo dos condicionantes urbanos da saúde e das suas implicações sobre a qualidade de vida. O stress, enquanto produto desse contacto, tem implicações importantes sobre a vida do indivíduo, atingindo a esfera pessoal, familiar, social e laborai, entre outras. Constitui por isso e cada vez mais uma preocupação para a saúde pública, que exige uma análise dos aspectos ambientais, urbanísticos e sociais que lhes estão associados, bem como o estudo das características individuais que contribuem para este fenómeno. Para estudar a relação entre stress em meio urbano, saúde e qualidade de vida, assim como a influência da dimensão de personalidade abertura à experiência sobre as mesmas, foi desenvolvido um estudo transversal, de carácter exploratório, no qual foram levantadas as seguintes questões: (a) Qual a associação entre a variável stress em meio urbano e as variáveis saúde e qualidade de vida? (b) A abertura à experiência mostra um efeito moderador sobre esta relação? Participaram nesta investigação 668 indivíduos de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 18 e os 75 anos, residentes em áreas predominantemente urbanas. As variáveis foram avaliadas através do World Health Organization Quality of Life Survey -Bref (WHOQoL Group, 1998), da subescala Abertura à Experiência do Inventário de Personalidade NEO PI Revisto (Costa & MacCrae, 1992) e da Escala de Percepção de Stresse (Cohen, Kamarck & Mermelstein, 1983). Para avaliar a percepção do stress em meio urbano, foi desenvolvido um questionário, composto por quatro subescalas – Ambiente Físico, Ambiente Laborai, Espaços Interpessoais e Prestação de Cuidados de Saúde e de Serviços Sociais - tendo por base o conceito de saúde urbana, conforme preconizado pela Organização Mundial de Saúde e o modelo transaccionai de stress, de Lazarus e Folkman. Os resultados indicam que os indivíduos que experimentam maiores níveis de stress em meio urbano, em todas as suas dimensões, possuem uma pior satisfação relativamente à sua saúde e uma pior percepção da sua qualidade de vida. Verifica-se ainda que a abertura à experiência exerce um efeito moderador que, apesar de pouco expressivo, amplia os efeitos de algumas dimensões do stress em meio urbano sobre as variáveis saúde e qualidade de vida. Estes resultados, que serão discutidos à luz dos conceitos apresentados, realçam o impacto que o planeamento urbano pode exercer sobre a saúde e a qualidade de vida das populações que residem na cidade e salientara o contributo da Psicologia da Saúde para o estudo da relação entre personalidade e stress.
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