Sepsis neonatal em recém-nascidos de muito baixo peso e/ou idade gestacional inferior a 32 semanas e neurodesenvolvimento aos 24 meses

Bibliographic Details
Main Author: Resende, Cristina
Publication Date: 2015
Other Authors: Oliveira, Guiomar
Format: Article
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: https://doi.org/10.25754/pjp.2015.5960
Summary: Introdução: A infeção neonatal está associada a uma maior morbi-mortalidade neonatal, e a um risco acrescido de sequelas no neurodesenvolvimento. A relação entre a sépsis e o aumento de défice motor/cognitivo deve-se à lesão citotóxica/isquémica da substância branca que ocorre no contexto sético. Objectivo: Avaliar a influência da sépsis neonatal na mortalidade e no neurodesenvolvimento aos 24 meses. Material e métodos: Estudo observacional analítico de coorte de recém-nascido (RN) com peso de nascimento inferior a 1500g) e/ou grande prematuros internados numa maternidade de apoio neonatal nível III nos anos 2006-2011. Os RN com malformações congénitas foram excluídos. Foi considerada sépsis, se clinica compatível associada a critérios laboratoriais positivos, com ou sem isolamento de gérmen. O neurodesenvolvimento foi avaliado aos 24 meses (escala Schedule of Growing Skills II), tendo sido comparados os resultados nos RN com e sem sépsis. Resultados: Dos 367 RN internados, 73 tiveram sépsis neonatal. Os RN com sépsis tiveram um maior risco de morte e/ou défice grave do desenvolvimento, faleceram 14 RN sem sépsis e 12 com sépsis p <0,001 OR 3,9 (95%CI:1,7-8,9) e apresentaram aos 24 meses mais défices graves (23% versus 9%) p=0,002 OR 3,4 (95%CI:1,6-7,2). Após regressão logística das variáveis significativas, a sépsis mantem risco 2,7. Todos os gérmens exceptuando os CONS foram associados a maior mortalidade e/ou défice do desenvolvimento. Conclusão: OS RN com sepsis apresentam maior risco de mortalidade e de sequelas do neurodesenvolvimento. As estratégias para redução de infeção na UCIN devem ser reforçadas.
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