"Adesão à Vacina da Gripe nos Profissionais de Saúde da ARSC, IP."

Bibliographic Details
Main Author: Cruzeiro, Clarinda Maria dos Prazeres Ferreira da Silva da Rocha
Publication Date: 2014
Format: Other
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
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Summary: A OMS refere que anualmente 10 a 20% da população mundial é infetada pelo vírus da gripe. Em Portugal o excesso de mortalidade anual que lhe é atribuído é de cerca de 1200 a 1800 óbitos, pelo que permanece como um importante problema de saúde pública. (Sociedade Portuguesa de Pneumlogia ,2013).A vacinação é um dos métodos mais eficazes de prevenção da infeção e o mais eficiente procedimento de prevenção específica, contra doenças transmissíveis, em particular nos profissionais de saúde. OBJETIVOS: avaliar o grau de adesão à vacinação contra a gripe sazonal na época 2012-2013; caraterizar o seu estado vacinal por grupo profissional ; identificar os principais fatores de (não) adesão à vacinação contra a gripe sazonal nos profissionais de saúde do SSO (serviço de saúde ocupacional - Polo de Coimbra) da ARSC,IP. METODOLOGIA Estudo descritivo correlacional transversal Amostra 325 profissionais de saúde da ARSC,IP, ( ACES PIN I, BM I BM II e BM III), 223 enfermeiros e 102 médicos; 78,2% do sexo feminino e 21,8% do masculino. Aplicação de questionário auto-preenchido (janeiro/fevereiro,2013),constituído por três partes:-I Caraterização sociodemográfica e profissional; -II-Variáveis relacionadas com o estado de saúde , Escala Locus de Controlo de Saúde (Ribeiro,1994) e a Escala MAT (Delgado e Lima, 2001;.III- Vacinação contra a gripe sazonal. Utilizamos teste de normalidade Kolmogorov-Smirnov e alpha de cronbach para a consistência interna das escalas. RESULTADOS Os motivos mais apontados, para a adesão à vacina contra a gripe foram "porque a vacina os protege",(98,8%); "porque a vacina protege os doentes", (82,9%); "por ser uma recomendação da DGS" (77,4%) e "por ser uma recomendação das Sociedades Nacionais e Internacionais" (67,8%). Os motivos referenciados pela não adesão à vacina foram :"terem baixo risco de contrair gripe", "terem dúvidas sobre a eficácia da vacina", "receio dos efeitos secundários" e "não considerarem que os doentes corram risco". A diferença na adesão à vacina contra a gripe sazonal, tendo em conta a perceção do risco de ficarem doentes com gripe, permitiu verificar que os que aderem mais à vacina apresentam um valor médio mais elevado (X=3,27+-1,15) do que os que não aderem à vacina (X=2,94+-1,10), podendo indicar que os que percecionam maior risco, aderem mais à vacina (t=2,679, p=0,008). Também se confirmou que os profissionais de saúde que aderem mais aos tratamentos aderem mais à vacina da gripe. CONCLUSÕES As três razões mais apontadas pelos profissionais de saúde para serem vacinados contra a gripe foram: "proteção individual", "proteção do doente/utente" e "ser uma recomendação da DGS/Sociedades Centíficas Nacionais". Os três motivos mais evocados para não se vacinarem foram :"acharem que tinham baixo risco de contrair gripe", "duvidarem da eficácia da vacina" e "terem receio dos efeitos secundários". A realização de campanhas de sensibilização que englobem: informação, educação, acessibilidade fácil à vacina, poderão contribuir para o desenvolvimento de comportamentos positivos de adesão à vacina, onde os serviços de saúde ocupacional deverão ter um papel fundamental. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Centers for Disease Control and Prevention (2011). Immunization of Health - care Personnel: recommendations of the advisory Committee on immunization Practices. CDC disponível em WWW: <URL: www.cdc.gov/mmwr/pdf/rr/rr6007.pdf&lrm; Chapman, G. B.; Coups, E. J. (1999). Predictors of influenza vaccine acceptance among healthy adults USA. [em linha]. Preventive Medicine. 29, ( 4) 249-262. [Consult. 13 Fev. 2012]. Disponível em WWW: <URL: http://www.prev.medsubsets:medline.viewed. Delgado, A. B.; Lima, M.(2001) . Escala de medição de adesão aos tratamentos (MAT): contributo para a validação concorrente de uma medida de adesão aos tratamentos. Psicologia, Saúde e Doenças. 2 (2) 81-100. Sociedade Portuguesa de Pneumonologia (2013) . Resultados do Vacinómetro na 5ª vaga. [em linha]. Disponível em WWW: <URL: http://www.sppneumologia.pt/sites/sppneumologia.pt/files/pdfs/vacinometro_5a_vaga_05-03-2013.pdf
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