Adesão à vacina da gripe nos profissionais de saúde da ARSC, IP

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marques, Lúcia Amélia Fernandes Alves
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Batista, Antonio Queimadela, Cruzeiro, Clarinda Maria dos Prazeres Ferreira da Silva da Rocha
Tipo de documento: Outros
Idioma: por
Título da fonte: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Texto Completo: http://repositorio.esenfc.pt/?url=djKTHdSH
Resumo: Introdução A Organização Mundial de Saúde (OMS), refere que anualmente 10 a 20% da população mundial é infetada pelo vírus da gripe. Em Portugal o excesso de mortalidade anual que lhe é atribuido é de cerca de 1200 a 1800 óbitos, pelo que permanece como um importante problema de saúde pública. A vacinação é um dos métodos mais eficazes de prevenção da infeção e o mais eficiente procedimento de prevenção específica, contra doenças transmissíveis, em particular nos profissionais de saúde. Na ARSC,IP (Administração Regional de Saúde do Centro, Instituto Público), as taxas de cobertura vacinal, contra a gripe sazonal nos profissionais de saúde, têm vindo a diminuir havendo a necessidade de inverter esta situação. Metodologia Com o objectivo de avaliar a adesão à vacinação contra a gripe sazonal na época 2012-2013, caraterizar o seu estado vacinal por grupo profissional e identificar os principais fatores de (não) adesão à vacinação contra a gripe sazonal nos profissionais de saúde da ARSC,IP foi realizado um estudo descritivo-correlacional, transversal e exploratório. Aplicado um questionário de autopreenchimento, composto por três partes: primeira feita caraterização sociodemográfica e profissional, segunda informação relacionada com o estado de saúde, foram utilizadas a Escala Locus de Controlo de Saúde de Pais Ribeiro e a Escala MAT de Delgado e Lima (validadas para a população portuguesa) e, terceira, informação sobre a vacinação contra a gripe sazonal, numa amostra com 325 profissionais de saúde (enfermeiros e médicos). Resultados Os motivos mais apontados, para a adesão à vacina contra a gripe foram "porque a vacina os protege",(98,8%); "porque a vacina protege os doentes", (82,9%); "por ser uma recomendação da DGS" (77,4%) e "por ser uma recomendação das Sociedades Nacionais e Internacionais" (67,8%). Os motivos referenciados pela não adesão à vacina foram :"terem baixo risco de contrair gripe", "terem dúvidas sobre a eficácia da vacina", "receio dos efeitos secundários" e "não considerarem que os doentes corram risco". A diferença na adesão à vacina contra a gripe sazonal, tendo em conta a perceção do risco de ficarem doentes com gripe, permitiu verificar que os que aderem mais à vacina apresentam um valor médio mais elevado (X=3,27+-1,15) do que os que não aderem à vacina (X=2,94+-1,10), podendo indicar que os que percecionam maior risco, aderem mais à vacina (t=2,679, p=0,008). Também se confirmou que os profissionais de saúde que aderem mais aos tratamentos aderem mais à vacina da gripe. Discussão/Conclusões A avaliação da diferença na adesão à vacina contra a gripe sazonal, tendo em conta a perceção acerca do risco de ficarem doentes com gripe, permitiu verificar que os que aderem mais à vacina apresentam um valor médio mais elevado (X=3,27+-1,15) do que os que não aderem à vacina (X=2,94+-1,10), podendo indiciar que os que percecionam maior risco, aderem mais à vacina (t=2,679, p=0,008). Os profissionais que percecionam um pior estado de saúde aderem mais à vacinação; A probabilidade de um profissional adotar ou manter um comportamento de adesão com objetivos preventivos, como seja o caso de se vacinar contra a gripe sazonal, depende ainda das suas crenças e perceções individuais, sobre a suscetibilidade de vir a ficar doente, a gravidade que atribui à gripe e os custos/benefícios a obter se optar por fazer a vacina. A partir da observação e considerando os objetivos estabelecidos, verificou-se que as taxas de cobertura alcançadas são baixas e estão longe de responder às recomendações nacionais e internacionais. Neste particular, salienta-se que o conselho da união europeia, desde 2009, recomenda aos seus membros a adoção das medidas necessárias para que, no ano 2014/2015, os grupos de risco atinjam taxas de cobertura de 75% A realização de campanhas de sensibilização que englobem: informação, educação, acessibilidade fácil e gratuita à vacina, poderão contribuir para o desenvolvimento de comportamentos positivos de adesão à vacina da gripe
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