Análise das quedas que resultaram em fratura da extremidade proximal do fémur

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Main Author: Preto, Leonel
Publication Date: 2012
Other Authors: Novo, André, Mendes, Eugénia, Barreira, Elisabete Maria Gomes
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10198/7689
Summary: As fraturas proximais do fémur apresentam uma elevada incidência em pessoas com mais de 65 anos. Embora nos países desenvolvidos o prognóstico tenha vindo a melhorar graças ao desenvolvimento dos cuidados de emergência pré-hospitalar e das técnicas cirúrgicas e anestésicas (Pedersen, et al., 2008), estas fraturas apresentam ainda taxas de mortalidade e morbilidade significativas em idosos. Epidemiologicamente a evidência científica realça que as fraturas do quadril, tendem a ocorrer mais frequentemente em idosos, sobretudo a partir dos 85 anos (Marks, Allegrante, MacKenzie, & Lane, 2002), e são mais comuns em mulheres (Cummings & Melton, 2002). Há um incremento da incidência de fraturas do fémur proximal com a idade, devido aos fatores intrínsecos aumentados, à funcionalidade diminuída (Bloch, et al., 2010) e à perda de densidade mineral e massa óssea associada ao envelhecimento (Wei., Hu., Wang., & Hwang, 2001). Acreditamos que a descrição das características da queda, por parte de quem caiu poderá melhora a nossa compreensão sobre a biomecânica deste processo. Do presente estudo consistiram em avaliar as circunstâncias em que ocorreram as quedas que resultaram em fratura da extremidade proximal do fémur, identificar fatores intrínsecos e ambientais presentes na queda, analisar o relato desse acontecimento por parte do doente, para assim entender a biomecânica da queda e avaliar a independência funcional para o desempenho de atividades de vida diária antes da queda, de forma retrospetiva, e seis meses após a alta hospitalar. Este estudo incluiu pacientes com mais de 65 anos internados entre Junho e Dezembro de 2011 no serviço de Ortotraumatologia da Unidade Hospitalar de Bragança (Unidade Local de Saúde do Nordeste) com o diagnóstico de fratura proximal do fémur. Os seguintes critérios de inclusão foram observados: a fratura ter resultado de uma queda, os sujeitos apresentarem-se orientados, conscientes e colaborantes, não ter havido perda de consciência anterior à queda e não existir amnésia relativamente ao episódio de queda. Os dados foram recolhidos em dois momentos de avaliação distintos. O primeiro momento decorreu durante o período de internamento, por entrevista estruturada, e o segundo seis meses após a alta clínica, por contacto telefónico realizado pelos investigadores. CONCLUSÕES: A maioria dos participantes no estudo eram mulheres. A literatura tem vindo a realçar as diferenças entre géneros na incidência deste tipo de lesões (Kannus et al., 1995; Sterling, 2011). No nosso estudo predominou a fratura do colo do fémur (n=9), seguindo-se a trocantérica (n=6), subtrocantérica (n=2) e intratrocantérica (n=1). Concluímos que 72% dos idosos caíram para o lado em que ocorreu a fratura (Tabela 3). Aizen, Dranker, Swartzman & Michalak (2003) encontraram uma prevalência de cerca de 52% para quedas homolaterais à fratura. A literatura salienta que as quedas laterais e posterolaterais, com impacto no grande trocânter, são as mais responsáveis pela ocorrência de fratura do fémur proximal. Tendo em conta os locais em que as quedas ocorreram e o relato do evento, concluímos pela importância da implementação de programas de prevenção de quedas que tenha como objetivo principal a correção dos fatores ambientais e arquitetónicos no domicílio do doente e a reeducação funcional e reabilitação em aspetos como a força muscular e o equilíbrio. Num estudo conduzido por Rossini, et al (2010) os autores concluíram que numa grande percentagem dos seus pacientes (86%) a queda era explicada por fatores de risco ambientais ou individuais. Comparamos os resultados encontrados para a escala de Lawton e índice de Katz, para os dois momentos de avaliação da independência funcional. Como se denota, comparando as médias da Escala de Lawton antes da queda e meio ano após a alta (5,56±3,01 pontos e 3,33±3,84 pontos, respetivamente) verificamos uma diminuição da independência funcional significativa em termos estatísticos (p=0,03) pelo teste não paramétrico de Wilcoxon. Após a alta foram também encontradas pontuações médias mais baixas para o Índice de Katz (17,17±1,29 pontos antes da queda e 13,78±3,76 pontos seis meses pós-alta), com significância estatística (p=0,03). Um estudo por nós consultado relativamente a esta temática (Lin & Chang, 2004) concluiu que apenas 58% dos doentes com fratura consegue caminhar na rua um ano após fratura.
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Há um incremento da incidência de fraturas do fémur proximal com a idade, devido aos fatores intrínsecos aumentados, à funcionalidade diminuída (Bloch, et al., 2010) e à perda de densidade mineral e massa óssea associada ao envelhecimento (Wei., Hu., Wang., & Hwang, 2001). Acreditamos que a descrição das características da queda, por parte de quem caiu poderá melhora a nossa compreensão sobre a biomecânica deste processo. Do presente estudo consistiram em avaliar as circunstâncias em que ocorreram as quedas que resultaram em fratura da extremidade proximal do fémur, identificar fatores intrínsecos e ambientais presentes na queda, analisar o relato desse acontecimento por parte do doente, para assim entender a biomecânica da queda e avaliar a independência funcional para o desempenho de atividades de vida diária antes da queda, de forma retrospetiva, e seis meses após a alta hospitalar. Este estudo incluiu pacientes com mais de 65 anos internados entre Junho e Dezembro de 2011 no serviço de Ortotraumatologia da Unidade Hospitalar de Bragança (Unidade Local de Saúde do Nordeste) com o diagnóstico de fratura proximal do fémur. Os seguintes critérios de inclusão foram observados: a fratura ter resultado de uma queda, os sujeitos apresentarem-se orientados, conscientes e colaborantes, não ter havido perda de consciência anterior à queda e não existir amnésia relativamente ao episódio de queda. Os dados foram recolhidos em dois momentos de avaliação distintos. O primeiro momento decorreu durante o período de internamento, por entrevista estruturada, e o segundo seis meses após a alta clínica, por contacto telefónico realizado pelos investigadores. CONCLUSÕES: A maioria dos participantes no estudo eram mulheres. A literatura tem vindo a realçar as diferenças entre géneros na incidência deste tipo de lesões (Kannus et al., 1995; Sterling, 2011). No nosso estudo predominou a fratura do colo do fémur (n=9), seguindo-se a trocantérica (n=6), subtrocantérica (n=2) e intratrocantérica (n=1). Concluímos que 72% dos idosos caíram para o lado em que ocorreu a fratura (Tabela 3). Aizen, Dranker, Swartzman & Michalak (2003) encontraram uma prevalência de cerca de 52% para quedas homolaterais à fratura. A literatura salienta que as quedas laterais e posterolaterais, com impacto no grande trocânter, são as mais responsáveis pela ocorrência de fratura do fémur proximal. Tendo em conta os locais em que as quedas ocorreram e o relato do evento, concluímos pela importância da implementação de programas de prevenção de quedas que tenha como objetivo principal a correção dos fatores ambientais e arquitetónicos no domicílio do doente e a reeducação funcional e reabilitação em aspetos como a força muscular e o equilíbrio. Num estudo conduzido por Rossini, et al (2010) os autores concluíram que numa grande percentagem dos seus pacientes (86%) a queda era explicada por fatores de risco ambientais ou individuais. Comparamos os resultados encontrados para a escala de Lawton e índice de Katz, para os dois momentos de avaliação da independência funcional. Como se denota, comparando as médias da Escala de Lawton antes da queda e meio ano após a alta (5,56±3,01 pontos e 3,33±3,84 pontos, respetivamente) verificamos uma diminuição da independência funcional significativa em termos estatísticos (p=0,03) pelo teste não paramétrico de Wilcoxon. Após a alta foram também encontradas pontuações médias mais baixas para o Índice de Katz (17,17±1,29 pontos antes da queda e 13,78±3,76 pontos seis meses pós-alta), com significância estatística (p=0,03). 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