Evolução funcional e fatores de prognóstico em idosos com fratura da extremidade proximal do fémur
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Publication Date: | 2018 |
Format: | Master thesis |
Language: | por |
Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10400.26/25584 |
Summary: | Introdução: Estima-se que as fraturas da extremidade proximal do fémur (FEPF) atinjam um total de 6.3 milhões de pessoas no mundo. Sabe-se que a recuperação destes utentes depende da integração das suas caraterísticas individuais e clínicas para maximizar o ganho de funcionalidade. Como preditores desta, investigações passadas sugerem o sexo, a idade, o nível cognitivo, o tempo de espera para a cirurgia e a funcionalidade prévia dos utentes. No entanto, na população portuguesa pouco se sabe em relação à evolução funcional destes utentes e quais os fatores associados à mesma. Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar a evolução funcional de utentes com FEPF numa região portuguesa, e, averiguar se existe uma associação estatisticamente significativa entre os fatores supracitados e a funcionalidade aos 3 meses após a cirurgia. Metodologia: Foi realizado um estudo de coorte prospectivo no Hospital de Portalegre com utentes com FEPF. A funcionalidade foi avaliada através do Índice de Barthel (IB) e o nível cognitivo através da Mini Mental State Examination. Para comparar as médias de funcionalidade foi realizado o teste ANOVA de medidas repetidas e utilizado o modelo de regressão linear múltiplo para avaliar as diferentes associações. Resultados: Noventa e seis (96) utentes completaram o estudo (86% eram do sexo feminino e 71% tinha idade superior a 80 anos). Quarenta e nove porcento (49%) recuperaram a sua funcionalidade prévia. A média da funcionalidade no IB entre a baseline e os 3 meses baixou de 85,7 (±19,8) para 57,9 (±33,8) pontos (p<0,001). Na análise multivariada do modelo de regressão linear múltipla o nível cognitivo (B= 1,86, p<0,001), o tempo de espera para a cirurgia (B= -1,76, p=0,013) e o nível funcional prévio à fratura (B= 0,35, p=0,012) demonstraram ser preditores de funcionalidade. O modelo de regressão utilizado obteve um grau de predição moderado (=54%). Conclusão: Mais de metade dos participantes não recuperou a sua funcionalidade após a fratura. O nível cognitivo foi o fator que teve maior associação e que explicou maior percentagem da variância da funcionalidade dos participantes. Os utentes com disfunção cognitiva foram aqueles que realizaram menos fisioterapia, sendo que tal poderá ter influenciado a associação entre a funcionalidade e a disfunção cognitiva. |
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Introdução: Estima-se que as fraturas da extremidade proximal do fémur (FEPF) atinjam um total de 6.3 milhões de pessoas no mundo. Sabe-se que a recuperação destes utentes depende da integração das suas caraterísticas individuais e clínicas para maximizar o ganho de funcionalidade. Como preditores desta, investigações passadas sugerem o sexo, a idade, o nível cognitivo, o tempo de espera para a cirurgia e a funcionalidade prévia dos utentes. No entanto, na população portuguesa pouco se sabe em relação à evolução funcional destes utentes e quais os fatores associados à mesma. Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar a evolução funcional de utentes com FEPF numa região portuguesa, e, averiguar se existe uma associação estatisticamente significativa entre os fatores supracitados e a funcionalidade aos 3 meses após a cirurgia. Metodologia: Foi realizado um estudo de coorte prospectivo no Hospital de Portalegre com utentes com FEPF. A funcionalidade foi avaliada através do Índice de Barthel (IB) e o nível cognitivo através da Mini Mental State Examination. Para comparar as médias de funcionalidade foi realizado o teste ANOVA de medidas repetidas e utilizado o modelo de regressão linear múltiplo para avaliar as diferentes associações. Resultados: Noventa e seis (96) utentes completaram o estudo (86% eram do sexo feminino e 71% tinha idade superior a 80 anos). Quarenta e nove porcento (49%) recuperaram a sua funcionalidade prévia. A média da funcionalidade no IB entre a baseline e os 3 meses baixou de 85,7 (±19,8) para 57,9 (±33,8) pontos (p<0,001). Na análise multivariada do modelo de regressão linear múltipla o nível cognitivo (B= 1,86, p<0,001), o tempo de espera para a cirurgia (B= -1,76, p=0,013) e o nível funcional prévio à fratura (B= 0,35, p=0,012) demonstraram ser preditores de funcionalidade. O modelo de regressão utilizado obteve um grau de predição moderado (=54%). Conclusão: Mais de metade dos participantes não recuperou a sua funcionalidade após a fratura. O nível cognitivo foi o fator que teve maior associação e que explicou maior percentagem da variância da funcionalidade dos participantes. Os utentes com disfunção cognitiva foram aqueles que realizaram menos fisioterapia, sendo que tal poderá ter influenciado a associação entre a funcionalidade e a disfunção cognitiva. |
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