Estilos parentais e regulação emocional em tempos de pandemia covid-19

• Main Author: Arruda, Gabrielle Maria Furtado Aguiar de
• Publication Date: 2022
• Format: Master thesis
• Language: por
• Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
• Download full: http://hdl.handle.net/11144/6832
• topic: Estilos Parentais; Regulação Emocional Parental; Regulação Emocional da Criança; Ansiedade; Obsessão; Covid-19

A família é fundamental para a estruturação da personalidade das crianças. Diferentes estilos de parentalidade enquanto padrões de relacionamento entre pais e filhos - autoritário, autoritativo ou permissivo - foram associados, em estudo anteriores, à regulação emocional na forma como as emoções facilitam ou prejudicam os processos psicológicos, sublinhando a importância de ambos os conceitos para o desenvolvimento infantil. Do nosso conhecimento, não existem, porém, pesquisas que associem os estilos parentais com a regulação emocional de pais e de filhos. O objetivo deste estudo é testar o modelo de mediação da regulação emocional dos pais na relação entre os estilos parentais e a regulação emocional de crianças brasileiras entre 2 e 12 anos. Controlamos variáveis associadas às circunstâncias pandémicas aquando a recolha, nomeadamente a ansiedade e a obsessão face à Covid-19. Os resultados indicam o efeito dos estilos parentais na regulação emocional infantil, sendo o estilo autoritativo o que se associa a uma melhor regulação emocional da criança. Comprovamos o papel mediador da estratégia de supressão emocional dos pais na relação entre o estilo autoritário e a labilidade/negatividade emocional e regulação emocional da criança, indicando a presença de estratégias pouco adaptativas de regulação emocional dos pais associadas ao autoritarismo e à permissividade, que provocam instabilidade emocional nas crianças. A idade das crianças e dos pais interferem na relação entre as variáveis. Por fim, a ansiedade e a obsessão com relação à COVID-19 mostraram um impacto na amostra estudada. Assim, esta pesquisa contribui para ampliar o conhecimento acerca dos estilos parentais e regulação emocional de pais e filhos, com utilidade para a elaboração de programas de prevenção, psicoeducação ou intervenção psicológica destinados a pais na promoção da saúde mental familiar.