Comparação entre o ângulo radiográfico e o ângulo anatómico da meseta tibial do cão

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Main Author: Dias, Joana Filipa Oliveira
Publication Date: 2018
Format: Master thesis
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10348/8281
Summary: A rutura do ligamento cruzado cranial é considerada, atualmente, a causa mais comum de claudicação, de origem não traumática, do membro pélvico no cão. Por este motivo, diversas técnicas cirúrgicas foram desenvolvidas, entre elas, a osteotomia de nivelamento da meseta tibial (Tibial Plateau Leveling Osteotomy - TPLO). A TPLO consiste no nivelamento cirúrgico da meseta tibial, logo a determinação pré-operatória precisa do ângulo da meseta tibial (AMT), numa radiografia lateral do joelho, é essencial para que o animal seja tratado corretamente. Pelo que, é crucial o estudo de erros relacionados com a determinação do AMT radiográfico. Assim, este estudo, teve como objetivos a comparação entre o AMT anatómico e o AMT medido por diferentes observadores em radiografias laterais do joelho, a comparação entre os ângulos medidos em radiografias laterais normais e os medidos em radiografias laterais com o membro rodado e ainda a comparação entre ângulos de membros contralaterais. Para tal, utilizaram-se 28 membros pélvicos de cadáveres de cães de médio e grande porte para se obterem radiografias laterais normais e radiografias com o membro rodado. Todos estes membros foram, depois, dissecados de modo a permitir a colocação de um parafuso de osteossíntese em cada um dos locais de inserção dos ligamentos cruzados cranial e caudal, para em seguida ser realizada uma radiografia lateral a cada um deles. Seis observadores identificaram os ângulos da meseta tibial nas radiografias laterais sem parafusos, enquanto os ângulos da meseta tibial anatómicos foram identificados, separadamente, nas radiografias com parafusos. A média dos ângulos da meseta tibial observados em radiografias normais foi 23,49º e a média dos ângulos observados em radiografias com membro rodado foi 22,24º. Enquanto, a média dos ângulos anatómicos foi de 26,98º. Além disso, foram encontradas diferenças estatísticas altamente significativas entre os ângulos da meseta tibial medidos em radiografias normais, os ângulos medidos em radiografias com rotação e os ângulos anatómicos. Contudo, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os ângulos da meseta tibial de membros contralaterais. Portanto, conclui-se que houve subestimação do AMT anatómico, alertando para um erro que pode existir na determinação radiográfica do AMT, sendo essa subestimação menor se os ângulos da meseta tibial forem medidos em radiografias laterais com o joelho corretamente posicionado. Com este estudo também se obteve apoio estatístico para a medição do AMT no membro contralateral quando a identificação radiográfica dos pontos anatómicos de referência se encontra comprometida no membro com rutura do ligamento cruzado cranial.
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Assim, este estudo, teve como objetivos a comparação entre o AMT anatómico e o AMT medido por diferentes observadores em radiografias laterais do joelho, a comparação entre os ângulos medidos em radiografias laterais normais e os medidos em radiografias laterais com o membro rodado e ainda a comparação entre ângulos de membros contralaterais. Para tal, utilizaram-se 28 membros pélvicos de cadáveres de cães de médio e grande porte para se obterem radiografias laterais normais e radiografias com o membro rodado. Todos estes membros foram, depois, dissecados de modo a permitir a colocação de um parafuso de osteossíntese em cada um dos locais de inserção dos ligamentos cruzados cranial e caudal, para em seguida ser realizada uma radiografia lateral a cada um deles. Seis observadores identificaram os ângulos da meseta tibial nas radiografias laterais sem parafusos, enquanto os ângulos da meseta tibial anatómicos foram identificados, separadamente, nas radiografias com parafusos. A média dos ângulos da meseta tibial observados em radiografias normais foi 23,49º e a média dos ângulos observados em radiografias com membro rodado foi 22,24º. Enquanto, a média dos ângulos anatómicos foi de 26,98º. Além disso, foram encontradas diferenças estatísticas altamente significativas entre os ângulos da meseta tibial medidos em radiografias normais, os ângulos medidos em radiografias com rotação e os ângulos anatómicos. Contudo, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os ângulos da meseta tibial de membros contralaterais. Portanto, conclui-se que houve subestimação do AMT anatómico, alertando para um erro que pode existir na determinação radiográfica do AMT, sendo essa subestimação menor se os ângulos da meseta tibial forem medidos em radiografias laterais com o joelho corretamente posicionado. Com este estudo também se obteve apoio estatístico para a medição do AMT no membro contralateral quando a identificação radiográfica dos pontos anatómicos de referência se encontra comprometida no membro com rutura do ligamento cruzado cranial.Cranial cruciate ligament rupture is currently considered the main cause of non-traumatic pelvic limb lameness in dogs. For this reason, several surgical techniques were developed, among them, the Tibial Plateau Levelling Osteotomy (TPLO). The TPLO allows the surgical levelling of the tibial plateau, so accurate determination of the preoperative Tibial Plateau Angle (TPA) on a lateral radiograph is essential for a successful surgical treatment. Therefore, it is important to study errors related to the determination of radiographic TPA. This study aimed to compare the anatomical TPA with the observed TPA in lateral radiographs, compare the angles measured on normal lateral radiographs and those measured on lateral radiographs with the limb rotated and compare the tibial plateau angles of contralateral limbs. To this, 28 pelvic limbs of medium and large dog cadavers were used to obtain normal lateral radiographs and lateral radiographs with the limb rotated. These limbs were dissected to allow placement of an osteosynthesis screw at each of the cranial and caudal cruciate ligament insertion sites. Then, a lateral radiograph was performed on each limb with osteosynthesis screws. Six observers identified the tibial plateau angles on the lateral radiographs without screws, while anatomical tibial plateau angles were identified on the radiographs with screws, separately. The mean of the observed tibial plateau angles on normal radiographs was 23.49º and the mean of tibial plateau angles observed on radiographs with the limb rotated was 22.24º. Meanwhile, the mean of anatomical tibial plateau angles was 26.98º. In addition, highly statistically significant differences were found between the tibial plateau angles measured on normal radiographs, the angles measured on radiographs with the limb rotated, and the anatomical angles. However, no statistically significant differences were found between the tibial plateau angles of contralateral limbs. Therefore, it was concluded that there was an underestimation of the anatomical TPA, alerting to an error that may exist in the radiographic determination of TPA. This underestimation is lower if the tibial plateau angles are measured on lateral radiographs with the knee correctly positioned. This study also provided statistical support for the measurement of TPA in the contralateral limb when the radiographic identification of anatomical landmarks is compromised in the limb with rupture of the cranial cruciate ligament.2018-02-01T14:45:21Z2018-02-01T00:00:00Z2018-02-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/8281TID:202032124porDias, Joana Filipa Oliveirainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2024-09-08T02:03:06Zoai:repositorio.utad.pt:10348/8281Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-28T12:36:39.326299Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse
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