Interações medicamentosas envolvendo contracetivos hormonais

Bibliographic Details
Main Author: Martins, Silvana Agostinho
Publication Date: 2013
Format: Master thesis
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10400.1/6882
Summary: Em Portugal, segundo o 4º Inquérito Nacional de Saúde (2009), cerca de 85% da população feminina em idade fértil usa um método contracetivo, sendo os contracetivos orais o método hormonal mais popular (cerca de 66%). Os efeitos de um medicamento, quando administrado concomitantemente com outros medicamentos, podem ser diferentes dos esperados caso o medicamento fosse administrado sozinho. Uma vez que os contracetivos hormonais são largamente utilizados pela população feminina, torna-se necessário averiguar as interações que podem ocorrer entre esta classe farmacológica e outros fármacos. As enzimas de fase I, nomeadamente os CYP, estão muito envolvidos na ocorrência de interações farmacocinéticas, pois têm muitos substratos e são os principais metabolizadores de xenobióticos. Os parâmetros farmacocinéticos dos fármacos também podem ser influenciados ao nível da absorção, do metabolismo de fase II e dos transportadores. Enquanto em alguns casos não existe um impacto clínico significativo resultante da interação dos contracetivos hormonais com outras classes farmacológicas, como é o caso dos bloqueadores β e do etoricoxib, noutros casos o efeito clínico é comprometido; o hipericão e a rifampicina influenciam a eficácia contracetiva dos contracetivos hormonais, ao passo que estes diminuem a eficácia terapêutica da lamotrigina (resultando em convulsões) ou potenciam a ocorrência de efeitos adversos (como é o caso da clopromazina). Torna-se necessária a adoção de mecanismos e protocolos de prescrição e aconselhamento médico que minimizem a co-prescrição de fármacos que possam interagir com os contracetivos hormonais. Adicionalmente, é preciso uma consciencialização dos profissionais das farmácias para a leviandade de dispensa de contracetivos hormonais sem prescrição médica. Um bom conhecimento das interações medicamentosas leva à sua deteção, avaliação e impedimento; o maior contacto entre os profissionais de saúde e as mulheres em idade fértil é um também um fator a ter em contar para evitar e resolver este tipo de situações.
id RCAP_22e88e2f9dcfa8438e7dcf53e3bee1c8
oai_identifier_str oai:sapientia.ualg.pt:10400.1/6882
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
repository_id_str https://opendoar.ac.uk/repository/7160
spelling Interações medicamentosas envolvendo contracetivos hormonaisCiências farmacêuticasContracetivosHormonasInterações medicamentosasEm Portugal, segundo o 4º Inquérito Nacional de Saúde (2009), cerca de 85% da população feminina em idade fértil usa um método contracetivo, sendo os contracetivos orais o método hormonal mais popular (cerca de 66%). Os efeitos de um medicamento, quando administrado concomitantemente com outros medicamentos, podem ser diferentes dos esperados caso o medicamento fosse administrado sozinho. Uma vez que os contracetivos hormonais são largamente utilizados pela população feminina, torna-se necessário averiguar as interações que podem ocorrer entre esta classe farmacológica e outros fármacos. As enzimas de fase I, nomeadamente os CYP, estão muito envolvidos na ocorrência de interações farmacocinéticas, pois têm muitos substratos e são os principais metabolizadores de xenobióticos. Os parâmetros farmacocinéticos dos fármacos também podem ser influenciados ao nível da absorção, do metabolismo de fase II e dos transportadores. Enquanto em alguns casos não existe um impacto clínico significativo resultante da interação dos contracetivos hormonais com outras classes farmacológicas, como é o caso dos bloqueadores β e do etoricoxib, noutros casos o efeito clínico é comprometido; o hipericão e a rifampicina influenciam a eficácia contracetiva dos contracetivos hormonais, ao passo que estes diminuem a eficácia terapêutica da lamotrigina (resultando em convulsões) ou potenciam a ocorrência de efeitos adversos (como é o caso da clopromazina). Torna-se necessária a adoção de mecanismos e protocolos de prescrição e aconselhamento médico que minimizem a co-prescrição de fármacos que possam interagir com os contracetivos hormonais. Adicionalmente, é preciso uma consciencialização dos profissionais das farmácias para a leviandade de dispensa de contracetivos hormonais sem prescrição médica. Um bom conhecimento das interações medicamentosas leva à sua deteção, avaliação e impedimento; o maior contacto entre os profissionais de saúde e as mulheres em idade fértil é um também um fator a ter em contar para evitar e resolver este tipo de situações.Marques, Vera RibeiroSapientiaMartins, Silvana Agostinho2015-10-09T16:19:02Z201320132013-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.1/6882urn:tid:202472795porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2025-02-18T17:41:08Zoai:sapientia.ualg.pt:10400.1/6882Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-28T20:31:48.197875Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse
dc.title.none.fl_str_mv Interações medicamentosas envolvendo contracetivos hormonais
title Interações medicamentosas envolvendo contracetivos hormonais
spellingShingle Interações medicamentosas envolvendo contracetivos hormonais
Martins, Silvana Agostinho
Ciências farmacêuticas
Contracetivos
Hormonas
Interações medicamentosas
title_short Interações medicamentosas envolvendo contracetivos hormonais
title_full Interações medicamentosas envolvendo contracetivos hormonais
title_fullStr Interações medicamentosas envolvendo contracetivos hormonais
title_full_unstemmed Interações medicamentosas envolvendo contracetivos hormonais
title_sort Interações medicamentosas envolvendo contracetivos hormonais
author Martins, Silvana Agostinho
author_facet Martins, Silvana Agostinho
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Marques, Vera Ribeiro
Sapientia
dc.contributor.author.fl_str_mv Martins, Silvana Agostinho
dc.subject.por.fl_str_mv Ciências farmacêuticas
Contracetivos
Hormonas
Interações medicamentosas
topic Ciências farmacêuticas
Contracetivos
Hormonas
Interações medicamentosas
description Em Portugal, segundo o 4º Inquérito Nacional de Saúde (2009), cerca de 85% da população feminina em idade fértil usa um método contracetivo, sendo os contracetivos orais o método hormonal mais popular (cerca de 66%). Os efeitos de um medicamento, quando administrado concomitantemente com outros medicamentos, podem ser diferentes dos esperados caso o medicamento fosse administrado sozinho. Uma vez que os contracetivos hormonais são largamente utilizados pela população feminina, torna-se necessário averiguar as interações que podem ocorrer entre esta classe farmacológica e outros fármacos. As enzimas de fase I, nomeadamente os CYP, estão muito envolvidos na ocorrência de interações farmacocinéticas, pois têm muitos substratos e são os principais metabolizadores de xenobióticos. Os parâmetros farmacocinéticos dos fármacos também podem ser influenciados ao nível da absorção, do metabolismo de fase II e dos transportadores. Enquanto em alguns casos não existe um impacto clínico significativo resultante da interação dos contracetivos hormonais com outras classes farmacológicas, como é o caso dos bloqueadores β e do etoricoxib, noutros casos o efeito clínico é comprometido; o hipericão e a rifampicina influenciam a eficácia contracetiva dos contracetivos hormonais, ao passo que estes diminuem a eficácia terapêutica da lamotrigina (resultando em convulsões) ou potenciam a ocorrência de efeitos adversos (como é o caso da clopromazina). Torna-se necessária a adoção de mecanismos e protocolos de prescrição e aconselhamento médico que minimizem a co-prescrição de fármacos que possam interagir com os contracetivos hormonais. Adicionalmente, é preciso uma consciencialização dos profissionais das farmácias para a leviandade de dispensa de contracetivos hormonais sem prescrição médica. Um bom conhecimento das interações medicamentosas leva à sua deteção, avaliação e impedimento; o maior contacto entre os profissionais de saúde e as mulheres em idade fértil é um também um fator a ter em contar para evitar e resolver este tipo de situações.
publishDate 2013
dc.date.none.fl_str_mv 2013
2013
2013-01-01T00:00:00Z
2015-10-09T16:19:02Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10400.1/6882
urn:tid:202472795
url http://hdl.handle.net/10400.1/6882
identifier_str_mv urn:tid:202472795
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia
instacron:RCAAP
instname_str FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
collection Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
repository.name.fl_str_mv Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia
repository.mail.fl_str_mv info@rcaap.pt
_version_ 1833598702284963840