Os restauros e a memória da cidade de Évora (1836-1986)
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Publication Date: | 1998 |
Format: | Master thesis |
Language: | por |
Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10174/13294 |
Summary: | “Sem resumo feito pelo autor” - A identificação de uma cidade é indissociável da sua arquitectura. Nas palavras de John Ruskin «architecture is to be regarded ... we may live without her... but we cannot remember without her». A presença de muitos monumentos explica, frequentemente o significado cultural de muitas cidades e a conservação daqueles a sua "imortalidade" A cidade de Évora, tal como a conhecemos hoje em dia, e particularmente o seu centro histórico, pertence ao conjunto de centros urbanos Portugueses que sofreram um forte processo de transformação nos séculos XIX e XX. Todas essas alterações irreversíveis, constituem, nos nossos dias, referências para a história da conservação urbana da cidade de Évora, já que datam desse período as primeiras preocupações de defesa e conservação patrimoniais. A cidade que se foi construindo durante séculos, numa continuidade histórica de alterações lentas, foi confrontada no século XIX com a necessidade de perpetuar os edificios, símbolos do seu passado histórico. A forma como se construiu o seu centro histórico e se valorizaram os imóveis estruturantes da sua construção são os temas fundamentais deste primeiro capítulo. - O sítio - O território onde se construiu a cidade de Évora, apresenta uma relativa uniformidade em termos de relevo. Na sua maioria, situa-se entre os 200 e os 300m de altitude (a Sul) ou entre os 300 e os 350m (a Noroeste), aproximando-se pontualmente dos 400m. 6 Como referia Orlando Ribeiro "Em Portugal quase não há cidades de Planície...todas as aglomerações... Procuram em lugar eminente ou escarpado... Um refúgio ou um apoio. Ai está sempre o germe da Urbe, que depois crescendo, naturalmente encontrou nas terras baixas o espaço que lhe faltava e a ligação às vias de trânsito sem a qual as cidades não podem viver... A cidade de Évora, localiza-se sensivelmente ao centro do interior Sul de Portugal, mais próxima da fronteira com Espanha do que com o litoral Atlântico. A zona da sua implantação situa-se na bacia hidrográfica do rio Sado, sendo ainda drenada na sua zona envolvente pelas bacias dos rios Tejo e Guadiana, cujo centro de distribuição se localiza sensivelmente a 10 km a Noroeste. No que se refere à sua constituição geológica, insere-se numa área constituída por rochas granitóides, gnaissicas e migmatíticas. A cidade propriamente dita, assenta sobretudo nesta última formação, não se traduzindo esta diferença numa morfologia diferenciada. É interessante observar que as áreas de expansão urbana Norte, Nascente e Sul se situam sobre afloramentos gnaisses e as de expansão a Poente sobre granítóides As características do relevo determinaram a posição sobranceira da cidade e a imagem que se obtém na sua aproximação é a das suas construções irregulares dispostas em escadaria que termina na Sé, o que confirma "esta preferência pelos sítios de oppidum...em outeiros que dominam a imensidão da planura... "No que se refere às condições climatéricas, Évora caracteriza-se pelos baixos valores de precipitação anual (650mm), concentrados entre Novembro e Março (com significativas alterações periódicas ao valor médio ocorrendo amiúde precipitações para além dos meses anteriormente mencionados). No entanto, permanece bem marcado o período de seca. A temperatura do ar ronda o valor médio de 16°, verificando-se no Verão uma temperatura média mensal superior aos 20° enquanto no Inverno é inferior a 10°15. |
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