Anticoagulantes em pacientes com fibrilação atrial e insuficiência renal: riscos versus benefícios

• Main Author: Barbosa, Rafael Soares
• Publication Date: 2025
• Other Authors: Machado, José Eduardo Santos, Lima, Ana Clara Raposo de Sousa, Santos, Lara Brito dos, Xavier, Larissa Marques Barbosa, Ribeiro Neto, Antonio Augusto Almeida, Martins, Thalia da Silva, Sousa, Larissa Gyanne Pereira de, Teixeira, Fábio de Almeida, Dames, Aíssa Borges Vale, Campos, Lara Castro
• Format: Article
• Language: por
• Source: Brazilian Journal of Health Review
• Download full: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/78903
• topic: anticoagulantes; fibrilação; atrial; insuficiência; renal

Introdução: Os anticoagulantes orais desempenham um papel fundamental na prevenção de eventos tromboembólicos em pacientes com fibrilação atrial (FA), especialmente na redução do risco de acidente vascular cerebral (AVC). A insuficiência renal impacta diretamente a escolha e a segurança terapêutica, pois altera a eliminação dos fármacos e eleva o risco hemorrágico. Os novos anticoagulantes orais (NOACs), como a apixabana, demonstram um perfil de segurança superior em pacientes com clearance de creatinina reduzido, enquanto a varfarina continua sendo a opção mais viável para indivíduos com insuficiência renal grave. Este estudo analisa o estado da literatura quanto às pesquisas atuais que exploram o uso dos anticoagulantes em casos de FA e insuficiência renal.  Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica qualitativa nas bases PubMed e Google Scholar, utilizando descritores do DeCs e MeSH. Foram incluídos artigos publicados entre 2019 e 2025, abordando os efeitos dos usos dos anticoagulantes em casos de FA e insuficiência renal. Após análise inicial de 138 artigos, 7 foram selecionados com base nos critérios de inclusão e exclusão. Resultados e Discussão: A revisão destaca a FA como um fator de risco significativo para eventos tromboembólicos, especialmente o AVC, tornando a anticoagulação essencial na sua prevenção. Os NOACs demonstraram superioridade em relação à varfarina, apresentando menor risco de hemorragias graves e maior praticidade, por não exigirem monitoramento frequente do INR. Desafios como acessibilidade financeira, impacto em subgrupos vulneráveis e a disparidade de gênero ainda precisam ser superados. Conclusão: Os NOACs representam um avanço no tratamento da FA, com menor risco de hemorragia intracraniana e sem necessidade de monitoramento do INR. A escolha do anticoagulante deve ser individualizada, considerando fatores como idade, função renal e comorbidades, sendo a apixabana preferível em pacientes com doença renal crônica. Desafios como acessibilidade econômica e segurança em subgrupos específicos ainda exigem mais estudos para otimizar a terapia.