Tratamento operatório das bolhas pulmonares gigantes
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Publication Date: | 2007 |
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Source: | Revista da Associação Médica Brasileira (Online) |
Download full: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302007000300018 |
Summary: | OBJETIVOS: A escassez de publicações nacionais a respeito desta doença no Brasil nos motivou a realizar o presente trabalho, cujos objetivos são descrever a evolução histórica e analisar os resultados do tratamento operatório das bolhas enfisematosas gigantes na Santa Casa de São Paulo. MÉTODOS: Avaliamos retrospectivamente, entre janeiro de 1979 a junho de 2005, os prontuários de 83 doentes submetidos a uma entre quatro modalidades operatórias: bulectomia por toracotomia, bulectomia por cirurgia torácica videoassistida (CTVA), drenagem de bolha por CTVA e drenagem de bolha com anestesia local, totalizando 92 operações. Os parâmetros analisados foram tempo de internação, complicações pós-operatórias, mortalidade perioperatória e tardia, além de parâmetros clínicos e funcionais pré e pós-operatórios. RESULTADOS: A morbidade foi de 40,2% e mortalidade pós-operatória precoce, de 4,3%. As complicações pós-operatórias tiveram relação com os antecedentes mórbidos dos doentes. Fatores como enfisema pulmonar difuso, múltiplas bolhas e idade não influenciaram nas complicações precoces. Houve melhora da sintomatologia e dos resultados funcionais em 94,5% dos doentes. Não houve recidiva das bolhas operadas. A mortalidade cinco anos após a operação foi de 18,3% e decorreu, principalmente, da progressão clínica do enfisema pulmonar difuso. CONCLUSÃO: Diversas modalidades operatórias foram realizadas para tratar bolhas pulmonares enfisematosas, desde a bulectomia por toracotomia, na fase inicial até a drenagem de bolha com anestesia local e talcagem, o método que preferencialmente realizamos nos dias atuais. Independente do método utilizado, entretanto, não obstante a morbidade relativamente elevada, os resultados pós-operatórios são bastante favoráveis, com baixa mortalidade e incontestável melhora clínico-funcional dos doentes operados. |
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