Reação de acessos de jurubeba à murcha bacteriana para uso como porta-enxerto em tomateiro

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Main Author: Lopes,Carlos A
Publication Date: 2016
Other Authors: Mendonça,José L
Format: Article
Language: por
Source: Horticultura Brasileira
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Summary: RESUMO A murcha bacteriana, causada pelo patógeno de solo ralstonia solanacearum, é uma séria ameaça à produção de tomate em cultivos sujeitos a alta temperatura e alta umidade. O controle dessa doença é muito difícil e requer várias estratégias, entre as quais a enxertia tem ganhado notoriedade nos últimos anos, em especial após o lançamento de híbridos de porta-enxertos de tomateiro desenvolvidos especiamente para esta finalidade. Embora promovam considerável proteção contra a murcha bacteriana, os porta-enxertos de tomateiro podem se infectar em situações muito favoráveis à doença, tais como: alta população do patógeno, alta temperatura e umidade e presença de isolado muito agressivo. O objetivo desse trabalho foi avaliar duas espécies de jurubeba na busca de alto grau de resistência à murcha bacteriana. Foram avaliados, em experimentos conduzidos em casa de vegetação em brasília-df, 26 acessos de cada uma das espécies solanum scuticum e solanum stramonifolium, conhecidas no brasil com o nome genérico de jurubeba. Em uma primeira etapa, os acessos foram inoculados com um isolado de r. Solanacearum e, posteriormente, os mais resistentes desafiados com três isolados altamente virulentos pertencentes a diferentes biovares/filotipos. Acessos de s. Scuticum apresentaram variação quanto ao grau de resistência, com 15 dos 26 acessos mostrando reação do tipo imunidade à doença, mesmo aos isolados mais virulentos. Não houve correlação significativa entre grau de resistência e local de coleta dos acessos. Os acessos de s. Stramonifolium, diferentemente de s. Scuticum, mostraram reação uniforme, e todos foram altamente resistentes à doença. As duas espécies de jurubeba avaliadas, portanto, contêm acessos com alto nível de resistência à murcha bacteriana e seu uso como porta-enxerto é viável para o controle da doença, desde que seja ajustada a combinação correta enxerto versus porta-enxerto e garanta adequada compatibilidade.
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