Tecnologias digitais de informação e comunicação no ensino médio: possibilidades e limitações a partir do retorno às aulas presenciais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Oliveira, Elzanira Sousa de lattes
Orientador(a): Neuenfeldt, Derli Juliano lattes
Banca de defesa: Schuck, Rogério José, Quartieri, Marli Teresinha, Fonseca, Denise Grosso Da
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PPGEnsino;Ensino
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
CH
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10737/3505
Resumo: A presente dissertação de mestrado em Ensino é fruto de uma pesquisa realizada após a experiência com o Ensino Remoto Emergencial, junto à gestão e a professores de uma instituição educacional da rede pública de ensino médio, localizada no sudoeste do Pará. Este trabalho de pesquisa objetivou analisar e compreender se e como o uso de tecnologias digitais de informação e comunicação no período da pandemia de Covid-19 impactou a prática pedagógica de professores do Ensino Médio, no retorno às aulas presenciais. Para tanto, foram utilizados como embasamento teórico, autores como: Nóvoa (2019); Tardif (2014); Pimenta (2019); Moran (2022, 2021, 2019, 2018); Levy (2011); Kenski (2013), dentre outros, que nortearam as reflexões e discussões acerca da temática proposta. Neste intento, o percurso metodológico desta pesquisa foi de cunho qualitativo e descritivo. Os sujeitos foram professores atuantes no 2o ano do ensino médio, além da equipe diretiva. Para a coleta das informações, realizada em março de 2022, com a gestora, e, em maio de 2022, com os professores, utilizou-se a técnica da entrevista semiestruturada. Para analisar e interpretar as informações obtidas, fez-se uso da Análise Textual Discursiva, proposta por Moraes e Galiazzi (2016), da qual emergiram três categorias: Nós somos velhos, mas a gente gosta de aprender; chegou muito bem em alguns, mas não chegou muito bem em outros; se a gente não entrar no mundo deles, a gente não consegue mais acessá-los. A partir da análise das informações obtidas, constatou-se que a formação inicial dos professores não contemplou o uso das TDIC, exceto, um entrevistado, que teve esta formação inicial. Já na formação continuada, houve capacitação para usar os equipamentos digitais; porém, no período pandêmico devido ao Covid-19, este aprendizado não foi suficiente para suprir as necessidades pedagógicas. Assim, os professores precisaram custear sua formação, a fim de atender as demandas que surgiram no período do ensino remoto emergencial, já que não usufruíram da formação ofertada pelo Estado, segundo a gestora. Nesse sentido, foram vislumbradas inúmeras possibilidades, a partir da inserção das TDIC no âmbito educacional, tais como: novas práticas pedagógicas; a utilização de plataformas digitais como salas de aula virtualizadas; aprendizado com os pares; entre outras. Contudo, também houve limitações quanto à inserção tecnológica: a precariedade do fornecimento de internet; a má infraestrutura organizacional; a não utilização das metodologias ativas como percursoras do protagonismo dos alunos. Na volta às aulas presenciais, foram percebidos sinais de ruptura quanto ao uso das TDIC: os alunos continuaram usando as TDIC para fins educacionais; o ensino híbrido despontando de maneira natural entre os professores; redes sociais articuladas com a prática docente. No entanto, conclui-se que, após retorno ao ensino presencial, ficou perceptível a reafirmação do ensino tradicional e que as TDIC não têm lugar garantido na escola, em especial, os celulares que voltaram para as caixinhas, na escola em estudo. Portanto, ficou evidente que, no retorno às aulas presenciais, apesar do potencial apresentado no período pandêmico, as TDIC estão sendo pouco utilizadas pelos professores para desenvolver suas práticas.