Ousar para não perecer: educomunicação socioambiental e a ecosofia na formação com professores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Marques, Rodrigo Müller lattes
Orientador(a): Mazzarino, Jane Márcia lattes
Banca de defesa: Consani, Marciel Aparecido, Rosa, Rosane, Machado, Neli Teresinha Galarce
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PPGAD;Ambiente e Desenvolvimento
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
CB
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10737/3140
Resumo: A profissão docente é perpassada por incertezas potencializadas por diversas problemáticas, dentre elas, citam-se a socioambiental e a tecnológica. A temática socioambiental emerge atrelada à crise humanitária e global das últimas décadas, a qual tem na educação ambiental um dos pontos-chave para sua tentativa de superação. Como consequência, hoje, educar-se para conviver com o meio ambiente se encontra nos diferentes currículos e documentos da área educacional. Atrelando os campos das ciências ambientais, da educação e da comunicação, trabalha-se nesta dissertação a questão tecnológica em duas ramificações: as tecnologias sociais e as de mídia. As tecnologias sociais buscam inovar e criar processos autossustentáveis e autogestionários como forma de apropriar-se de problemas e criar possibilidades outras. Já as tecnologias de mídia, que englobam as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), medeiam nosso cotidiano, adentrando em diferentes espaços, lugares e relações, influenciando interações e aprendizagens, dentro e fora do espaço escolar. Além de tornarem-se “onipresentes” em nossas vidas, trazem consigo possibilidades novas através de dispositivos, virtualidades e velocidades distintas das conhecidas até então. As tecnologias sociais e seus processos inovadores, aliados à educomunicação, enquanto campo de intervenção social que trabalha na interface comunicação e educação, podem aproximar, fomentar e embasar a formação de professores em educação ambiental através da apropriação consciente, artística, participativa e dialógica do aparato tecnológico disponível. Nesta pesquisa, engendram-se complexidades ao relacionar tecnologias sociais e de mídia para formação com professores em educação ambiental. O objetivo é investigar possibilidades de uso das tecnologias sociais e de mídia para a formação de professores em educação ambiental, por meio de estratégias educomunicativas que exploram a produção de audiovisuais. Essa pesquisa caracteriza-se como qualitativa, exploratória, descritiva e de campo, de caráter intervencionista, que faz uso de pesquisa-ação. Utiliza-se como procedimentos metodológicos para o levantamento de dados empíricos a própria intervenção, entrevistas, diários de campo e análise dos discursos construídos nas produções audiovisuais decorrentes da pesquisa-ação. Com a intervenção por meio da pesquisa-ação, aproximou-se professores, tanto da temática ambiental quanto das TICs, em suas diferentes interfaces a partir de uma formação oferecida para docentes que atuam em escolas que possuem o programa Residência Pedagógica. Ao final do processo de formação, produziram-se e compartilharam-se saberes através do diálogo e da colaboração em produções audiovisuais. A análise dos atravessamentos da experiência da intervenção realizada 5 nos levou a concluir que a produção de imagens por meio de tecnologias sociais e de mídia constitui-se numa estratégia potente para formar professores em educação ambiental. Isso se deu por sua capacidade de criar processos vivos mediante o fomento à participação ativa e colaborativa, pelas apropriações de múltiplas linguagens e tecnologias e pelo uso tanto da razão quanto da emoção na produção de filmes com temática socioambiental. Dessa forma, a formação e seu caráter experimental levaram os participantes a encontrarem-se consigo, com o outro e com o meio ambiente, permeados pela lógica da ecosofia.