Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Pinto, Lucinere Propodolski
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Orientador(a): |
Périco, Eduardo
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Banca de defesa: |
Bordignon, Sérgio Augusto De Loreto,
Correa, Luiz Liberato Costa,
Pires, Mateus Marques |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PPGAD;Ambiente e Desenvolvimento
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10737/4355
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Resumo: |
Em florestas tropicais, encontramos uma grande diversidade de espécies vegetais zoocóricas que dependem de relações específicas com os agentes dispersores, uma estratégia adaptativa que favorece a perpetuação e o sucesso reprodutivo dessas plantas. A dispersão zoocórica envolve a participação de mamíferos, sendo a anta, Tapirus terrestris, um importante representante desse grupo por se destacar na dispersão de sementes grandes a longas distâncias. No entanto, o padrão de frugivoria desta espécie pode variar entre diferentes áreas. Dessa forma, o objetivo geral desta tese foi verificar a composição da dieta frugívora da anta, a viabilidade e e o tempo de germinação das sementes que passam pelo seu trato digestório, em uma área em processo de restauração ecológica. As amostragens foram realizadas no território da Pequena Central Hidrelétrica Guarantã Energética S.A., localizada no município de Guarantã do Norte - MT - na área de transição Cerrado-Amazônia. Foram coletadas amostras fecais mensalmente, de janeiro de 2021 a dezembro de 2022, realizando-se a triagem do material biológico e extraindo-se as sementes, que foram identificadas e armazenadas em sacos plásticos. Realizamos experimentos para testar a porcentagem e o tempo de germinação das sementes, a partir de três tratametnos: A - sementes provenientes das fezes coletadas; B – sementes escarificadas, extraídas de frutos coletados na área de estudo; C - sementes intactas, provenientes de frutos coletados na área de estudo (grupo de controle). Nossos resultados indicam que a anta atua de forma positiva na restauração de áreas degradadas na transição entre o Cerrado e Amazônia, consumindo os frutos e dispersando as sementes de diversas espécies vegetais, contribuindo assim com a regeneração natural e a conservação do ambiente. Das 12 espécies vegetais identificadas como parte da dieta da anta, o consumo de Mirindiba-do-cerrado (Terminalia corrugata (Ducke) Gere & Boatwr., Combretaceae) e Angelim-favela (Enterolobium schomburgkii (Benth.) Benth. Fabaceae) foi superior às demais espécies, não sendo possível afirmar se houve preferência pelos frutos ou se o consumo se deu pela maior oferta. Os experimentos de germinação comprovaram que o sistema digestório da anta influenciou na quebra de dormência e germinação das sementes, atuando sobre a viabilidade e o tempo de germinação das sementes. |