Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Silva Júnior, Daniel Melo Da
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Orientador(a): |
Freitas, Elisete Maria de
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PPGSAS;Sistemas Ambientais Sustentáveis
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10737/3280
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Resumo: |
A Reserva Extrativista do Rio Cajari, conhecida como RESEX Cajari, foi fundada em 12 de março de 1990 em meio a graves conflitos sociais e pressões ambientais internacionais que revelavam a necessidade de preservação da natureza e respeito à dignidade humana e à prerrogativa de diminuição das desigualdades sociais. A Reserva se apresenta como uma fonte de preservação da floresta onde está localizada, contudo ainda é preciso desenvolver mecanismos que melhorem as condições econômicas, a qualidade de vida da população residente na região, posto que a concessão real de uso dos recursos de modo extrativista parece não convergir para o padrão desenhado pela agenda internacional sobre desenvolvimento sustentável, especialmente no que se refere à redução das desigualdades sociais. A pesquisa buscou caracterizar o padrão socioeconômico da comunidade do Marinho- RESEX Cajari avaliando a exploração econômica local e sua possível correlação com os padrões de pobreza e extrema pobreza da comunidade a partir do indicador de extrema pobreza e pobreza utilizado pelo Banco Mundial e pelo IBGE para países de baixa renda, bem como identificar as principais mudanças socioeconômicas decorrentes da criação da Reserva na perspectiva de seus moradores mais antigos, sugerindo, ao final, alternativas de desenvolvimento sustentável. A pesquisa buscou caracterizar o padrão socioeconômico da comunidade do Marinho-RESEX Cajari, avaliando a vulnerabilidade da comunidade a partir do indicador de extrema pobreza e pobreza utilizado pelo Banco Mundial e pelo IBGE para países de baixa renda, bem como analisar as principais mudanças socioeconômicas decorrentes da criação da Reserva, sugerindo, ao final, alternativas de desenvolvimento sustentável. Além do uso de referenciais com resultados de estudos já realizados sobre a Região, foram aplicados questionários estruturados e semiestruturados na comunidade, realizadas entrevistas com moradores idosos de origem tradicional e com o representante da sociedade civil organizada local para aprimorar as informações coletadas durante a aplicação dos questionários. Foi possível observar que a maioria das famílias residentes na comunidade do estudo apresentam vulnerabilidade econômica e social, com indicadores de pobreza e extrema pobreza quando a única renda provém dos recursos extraídos da biodiversidade. As mudanças ocorridas nos padrões socioeconômicos, imediatamente após a criação da RESEX, decorreram da ruptura do paradigma do aviamento enraizado na Região, razão pela qual a presente pesquisa apontou a ampliação de atividades econômicas, tais como a exploração organizada dos óleos de andiroba (Carapa guianensis Aubl.) e copaíba (Copaifera spp), a implantação da agricultura de banana (Musa spp.) e açaí (Euterpe oleracea Mart) em sistemas agroflorestais e a criação regularizada de animais silvestres em cativeiro e.g paca (Cuniculus paca), caititu (Pecari tajacu) dentre outros. No entanto, isso exige dos órgãos governamentais compromisso na urgente elaboração do Plano de Manejo da RESEX, cuja demora já supera 20 anos, e posteriormente que a comunidade local receba transferência de tecnologias e conhecimentos sobre as diferentes possibilidades de extração sustentável das atividades mencionadas. Acredita-se que estas atividades serão capazes de garantir um melhoramento no padrão econômico local, oportunizando desenvolvimento sustentável. |