Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Laura Barbieri de
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Orientador(a): |
Périco, Eduardo
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Banca de defesa: |
Périco, Eduardo,
Mazzarino, Jane Márcia,
Basso, Luis Alberto,
Mejía, Margarita Rosa Gaviria,
Costa, Arlete Eli Kunz da |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PPGAD;Ambiente e Desenvolvimento
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10737/1730
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Resumo: |
Considerada pelos órgãos ambientais como potencialmente impactante para o meio ambiente, principalmente para os recursos hídricos, a suinocultura é uma atividade de grande importância socioeconômica para o Brasil. Na Sub-bacia do Forqueta, a má destinação dos dejetos da suinocultura está entre as principais causas do comprometimento da qualidade da água, podendo afetar a saúde da população. Assim, esta tese objetivou compreender se e como estes criadores percebem este cenário de degradação, e quais atitudes tomam em relação a isto. Os objetivos específicos foram: analisar as práticas dos suinocultores e sua relação com a água e os dejetos, e investigar a representação das pautas dos suinocultores no Comitê. Para atingir estes objetivos, foram realizadas entrevistas, pessoalmente, com 31 suinocultores, de dez municípios da Sub-bacia, com o presidente do Comitê Taquari-Antas e com um dos representantes dos suinocultores no Comitê. As entrevistas foram gravadas e transcritas. Através da análise de conteúdo, verificou-se que a maioria dos suinocultores desconhecem informações legais sobre a gestão das águas, bem como dados qualitativos locais, e alguns nem mesmo sabem o que é o Comitê de Bacia e suas atribuições. Quanto às criações, estas são desenvolvidas em pequenas propriedades rurais familiares, onde a oferta do recurso hídrico é abundante e, embora os suinocultores reconheçam os riscos de contaminação das águas, não acreditam que esteja ocorrendo onde vivem, pois afirmam destinar os dejetos das criações de acordo com os parâmetros legais que suas licenças ambientais impõem. Entretanto, em análises realizadas pelo Comitê, há evidências do comprometimento da qualidade da água, mas como estes dados não chegam a atingir toda a comunidade, e ainda está muito enraizada nestas populações a crença de que a água nas áreas rurais é de boa qualidade, a maioria não acredita que precisa se preocupar com a segurança da água que consomem, e não a relacionam como causa de agravos na saúde da comunidade. Isto aponta para a necessidade de estabelecer uma comunicação eficaz entre suinocultores e seus representantes no Comitê, com profissionais da área ambiental, e com as instituições de ensino; assim como realizar ações de educação ambiental conjuntas e contínuas nestas comunidades, para que estejam informados e se sintam corresponsáveis pela problemática ambiental ocasionada pela atividade econômica que exercem, estimulando-os a mitigar e prevenir estes danos, e garantindo a qualidade de vida nas áreas rurais da Sub-bacia do Forqueta. |