Indicadores de sustentabilidade na suinocultura de terminação : estudo de caso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Tonetto, Jaqueline Fernandes
Orientador(a): Schmidt, Veronica
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/266190
Resumo: Os problemas ambientais da atividade suinícola resultam de uma relação entre recurso-resíduo representados, principalmente, pelo consumo de água e a produção de dejetos. O uso de indicadores na suinocultura viabiliza direcionar estratégias de sustentabilidade, portanto há uma necessidade de planejamento e de especificidade de informações. Este trabalho buscou caracterizar o perfil da atividade suinícola de terminação de um município através de indicadores, que permitam fazer uma relação das dimensões ambiental, socioeconômica e institucional com os índices de qualidade e condição dos cursos hídricos. Avaliou-se 41 unidades produtoras de suínos em fase de terminação (UPT). Através de um questionário foi realizado o levantamento de informações sobre o perfil dos suinocultores em cada UPT, quanto à qualidade de vida dos proprietários, número de animais e utilização de recursos hídricos. A partir destas informações, analisaram-se as dimensões propostas neste estudo (Socioeconômica, Ambiental e Institucional), divididas em 10 indicadores avaliados através de 16 critérios. Os indicadores representativos das três dimensões propostas foram enquadrados em baixo, médio e alto potencial. Os indicadores foram agrupados em um índice de “vulnerabilidade” ambiental em escala de microbacia. Para avaliar a condição dos cursos hídricos foi determinado o Índice de Qualidade da Água (IQA). No perfil geral das UPTs os suinocultores apresentam, em média, 53 anos de idade, sendo que 34% destes não concluíram o Ensino Fundamental. A mão-de-obra familiar caracteriza 100% das UPTs. A qualidade de vida, no meio rural, apresentou-se satisfatória. As estimativas de consumo hídrico diário e a produção de dejetos por UPTs foram, em média, 462,30 L.dia-1 e 5.011,28 L.dia-1 , respectivamente. geram, diariame As UPTs apresentaram um total de 27.395 animais que geram, diariamente, 205.462,5 litros de dejetos liquido, representando um volume anual de 203.407,87 m3 de dejetos líquidos. As classes do Índice de Microbacia (IMB) definidas a partir da matriz de enquadramento variaram em uma escala de 0,150 a 0,394, resultando nos intervalos de representatividade de Classe 2 e Classe 3 equivalentes a Resolução CONAMA 357/05. O IMB foi apresentado de forma espacializada para a microbacia em estudo. E, por fim, a qualidade das águas representada pelo IQA foi de 23,07%. O presente estudo permitiu propor indicadores para traçar o perfil da suinocultura de terminação de produtores cooperativados a uma agroindústria e, a partir destes, foi possível estabelecer uma relação de equilíbrio entre as dimensões ambientais, socioeconômicas e institucionais. Através do geoprocessamento foi possível simular o potencial alcance destes índices e diagnostica-los de acordo com as condições de relevo e hidrologia local. Evidencia-se a importância da coordenação, integração, sincronização e sinergia de indicadores locais para um gerenciamento de bacias hidrográficas que vise contribuir para um incremento na sustentabilidade. Este processo é viabilizado quando há integração entre recursos naturais, tecnológicos e institucionais.