Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Vedoy, Moisés Ilair Blum
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Orientador(a): |
Laroque, Luís Fernando da Silva
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PPGAD;Ambiente e Desenvolvimento
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10737/2469
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Resumo: |
A Bacia Hidrográfica do Rio Taquari, localizada na região centro leste do estado Rio Grande do Sul, tem a sua ocupação humana registrada a pelo menos mil anos, até meados do século XVII a ocupação das áreas nos entornos do rio se fazia através da lógica espacial, predominantemente indígena. A partir da segunda metade do século XVII com a chegada do elemento europeu, tais como jesuítas e bandeirantes, essa estrutura ocupacional indígena passou por transformações. Entretanto, é na segunda metade do século XVIII que estas modificações se aceleram principalmente através do estabelecimento de sesmarias e fazendas nos entorno da Bacia do Rio Taquari que se voltam para atividades econômicas, as quais se estendem no decorrer da primeira metade do século XIX e acarretam transformações no ambiente. Frente ao exposto, o estudo teve por objetivo, compreender e analisar os desdobramentos provocados pelo estabelecimento das sesmarias e fazendas na segunda metade do século XVIII e primeira metade do século XIX, relacionados principalmente aos conflitos ocorridos entre membros das sesmarias, das fazendas e indígenas Kaingang nos entornos da Bacia Hidrográfica do Rio Taquari, a implantação de atividades produtivas a partir de uma economia caracterizada pela agricultura, extração de recursos naturais e da possessão de terras. A metodologia foi qualitativa e os procedimentos metodológicos consistiram no levantamento e análise de fontes bibliográficas e documentais, pesquisadas no Arquivo Histórico e Arquivo Público do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Como resultados, tendo como base para análise aportes teóricos da História Ambiental e História Agrária, evidenciou-se que, a intensificação do avanço da frente de expansão e pioneira lusa nos entornos do Rio Taquari na segunda metade do século XVIII e primeira metade do XIX, por meio do estabelecimento de sesmarias e fixação de fazenda, trouxe transformações econômicas através da agricultura e extração dos recursos naturais nos entornos do rio, principalmente da madeira. Também, novos elementos étnicos como sesmeiros/estancieiros, casais açorianos, caboclos ervateiros, pobres lavradores e escravizados negros, que trouxeram consigo um novo aparato material como moinhos d ́agua, ferramentas e construções, e possivelmente natural como animais e elementos florísticos inseridos através da atividade agrícola. Estes processos e práticas representaram uma ruptura no manejo dos espaços territoriais da Bacia Hidrográfica do Rio Taquari, principalmente em relação à privatização da terra, visto que, antes da chegada da frente lusa e do estabelecimento de sesmarias, fazendas e demarcação destas áreas, o manejo destes espaços seguia a lógica indígena, portanto representou uma primeira etapa econômica do projeto colonizatório para a região, inserindo estas áreas na economia da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul. |