ETNOBOTÂNICA E ETNOFARMACOLOGIA DE PLANTAS MEDICINAIS UTILIZADAS NA MICRORREGIÃO DE ALTA FLORESTA – MATO GROSSO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: TEIXEIRA, MARIA ILMALUCIA lattes
Orientador(a): PÉRICO, EDUARDO lattes
Banca de defesa: HOENE, LUCÉLIA, LOHMANN, PAULA, SILVEIRA, ELIANE FRAGA DA
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PPGAD;Ambiente e Desenvolvimento
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
CB
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10737/4329
Resumo: As plantas medicinais são definidas como espécies vegetais, cultivadas ou não, com fins terapêuticos. Nesse sentido, a etnobotânica e a etnofarmacologia são ciências que se complementam, permitindo a manutenção dos conhecimentos tradicionais e sua interação com o avanço da ciência. As plantas medicinais fazem parte da evolução do homem e da sociedade, uma vez que o uso de produtos provenientes da natureza sempre foram e continuam sendo recursos basilares terapêuticos empregados no trato da saúde do homem. Em áreas com grande diversidade, como a Amazônia, o leque de recursos pode derivar num maior uso e conhecimento de plantas medicinais. Nas comunidades rurais e indígenas, conhecimentos acerca das funções de plantas terapêuticas, instruções de como cuidar dos doentes que ali habitam e conhecimentos rotineiros (plantar e colher) são transmitidos de geração em geração. Nesta tese, na perspectiva do estudo da etnobotânica e da etnofarmacologia, buscamos a caracterização do uso de espécies vegetais cultivadas na zona rural e urbana, incluindo grupos tradicionais como os raizeiros, dos municípios de Alta Floresta e Carlinda, Mato Grosso, Brasil, no bioma amazônico (sul da Amazônia). Os resultados da pesquisa mostraram a importância e a abrangência dos conhecimentos dos povos originários na medicina tradicional da região. Além disso, observamos uma forte relação entre as plantas usadas por eles e as registradas para a região, o que indica uma relação uso-recurso, que favorece a conservação e a valorização não só do conhecimento, mas também do recurso. Outrossim, foi possível comparar o conhecimento de comunidades rurais e urbanas, visto que o uso de plantas medicinais tornou-se uma alternativa para o eixo social, no cuidado da saúde. Foi possível observar como as características socioeconômicas determinaram as principais diferenças entre as comunidades, em termos de religião, idade, renda, etc. Portanto, concluímos que o conhecimento tradicional de uso de plantas medicinais é essencial para a sociedade e muito mais para uma região com alta biodiversidade, como o sul da Amazônia, que pode servir como fonte para futuras pesquisas farmacológicas