Educação ambiental vivencial e o desenvolvimento cognitivo e socioafetivo de crianças com TDAH

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Damasceno, Mônica Maria Siqueira lattes
Orientador(a): Mazzarino, Jane Márcia lattes
Banca de defesa: Bücker, Joana, Sperafico, Yasmini Lais Spindler, Dalzochio, Marina Schimdt
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PPGAD;Ambiente e Desenvolvimento
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
CB
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10737/3139
Resumo: Esta pesquisa analisa como crianças com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) são impactadas por Vivências com a Natureza. O estudo envolve crianças diagnosticadas com TDAH, de escolas públicas do município de Crato, do interior do Estado do Ceará, Região Nordeste do Brasil. O objetivo geral é investigar as potenciais influências das atividades de Vivências com a Natureza nos sintomas e nos processos de desenvolvimento cognitivo e socioafetivo de crianças com TDAH. O método utilizado é a pesquisa exploratória e descritiva, sendo um estudo de caso múltiplo com característica de investigação-ação. Os procedimentos técnicos estão organizados em nove etapas: Revisão Integrativa; Diagnóstico do Município; Perfil dos Sujeitos; Avaliação Ex-Ante; Aplicação dos testes SSRS e WISC-IV; Realização das Vivências com a Natureza; Reaplicação dos testes SSRS e WISC-IV; Follow Up; triangulação e análise dos dados. Na última etapa, consideram-se os dados da observação retrospectiva dos laudos e os da observação prospectiva dos sujeitos, as análises documentais, o diário de campo, os resultados dos testes SSRS e WISC, os dados das duas entrevistas com os responsáveis, professoras e sujeitos e os resultados da análise estatística descritiva. Considerando o tamanho da amostra, utilizam-se os testes não paramétricos: U-Mann Whitney, Kruskall Wallis e Qui-quadrado. Os resultados apontam a escassez de artigos que abordam especificamente a relação entre natureza e TDAH. Após aplicação das vivências, observa-se a minimização dos sintomas do TDAH no Grupo Intervenção, com impactos nos aspectos cognitivos e socioafetivos. A combinação de atividades ao ar livre seguindo este método resulta em efeitos positivos nas relações sociais, na autopercepção e no grau de envolvimento com a natureza dos sujeitos da pesquisa. Resultados dos testes SSRS e WISC- IV evidenciam que o Grupo Intervenção apresenta, na segunda aplicação dos testes, após as Vivências com a Natureza, tendência à evolução significativa nos resultados. Por outro lado, em alguns quesitos, mantêm-se os escores obtidos. Já o Grupo Controle apresenta tendência à manutenção dos resultados entre as duas etapas de testes, com pouca evolução e alguma diminuição de escores. Conclui-se que, ao final das atividades de Vivências com a Natureza, seguindo as orientações do Método do Aprendizado Sequencial e relacionando as atividades com os sintomas do TDAH elencados no SNAP-IV, é possível considerar que este método de contato direto com a natureza proporciona uma experiência genuína, evidenciando a minimização dos sintomas do TDAH e um melhor desenvolvimento cognitivo e socioafetivo dos sujeitos do Grupo Intervenção. Esta conclusão deve levar em conta que, além da influência das atividades com a natureza, os sujeitos recebiam outras interferências dos ambientes nos quais estão inseridos no seu cotidiano.