Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Kemerich, Grasciele Tamara
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Orientador(a): |
Souza, Claucia Fernanda Volken de
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PPGBiotec;Biotecnologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10737/2477
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Resumo: |
A uva está entre as frutas com maior teor de compostos fenólicos, suas concentrações são determinantes para a qualidade do fruto, variando entre as diferentes porções das uvas, as quais conferem benefícios à saúde humana, associados à redução do risco de doenças crônicas. A produção desses metabólitos bioativos pelas videiras é influenciada por fatores relacionados ao terroir, o qual é dependente da interação entre o ambiente físico e biológico do local de cultivo, e das práticas vitícolas importantes para o desenvolvimento da planta e do fruto. O ecossistema agrícola é um ambiente de muitas inter-relações, em busca de sistemas que melhorem a qualidade de todo o processo, com programas aplicados na redução do uso de pesticidas. As parreiras são um ambiente passível para os ácaros fitófagos que são pragas de difícil gestão, pois desenvolvem resistência aos acaricidas e possuem alta fecundidade, estando entre eles o ácaro Panonychus ulmi (Koch) (Tetranychidae). O emprego de agentes biológicos, tais como do ácaro fitoseídeo Neoseiulus californicus (McGregor) (Phytoseiidae), um dos seus antagonistas, é uma alternativa para o controle destas pragas. Neste contexto, esse trabalho teve por objetivo avaliar comparativamente as características físico-químicas e o perfil dos compostos bioativos de uvas da varietal Merlot, ao longo do seu processo de maturação, mantidas em manejo convencional e sob controle biológico aplicado do P. ulmi por N. californicus, em uma mesma propriedade no município de Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul, Brasil. Os tratamentos foram realizados em três áreas distintas do parreiral: área atacada com P. ulmi (AF), área com N. californicus controlando P. ulmi (AFP), e uma terceira área sem presença de ácaros (SA). Nas uvas foram determinados os teores de acidez, pH, açúcar, cor, textura, e os compostos bioativos, tais como fenóis totais, flavonoides, antocianinas, resveratrol, e antioxidantes. Em relação aos resultados de cor, as uvas das videiras dos tratamentos SA e AF apresentaram maior luminosidade e intensidade das cores vermelha e azul, comparadas aos frutos das videiras do tratamento AFP. O teor de açúcar das uvas foi semelhante entre os tratamentos no final da maturação. Na avaliação da textura, a deformação na dureza das uvas coletadas na primeira semana foi semelhante entre os frutos dos três tratamentos, porém no final do amadurecimento houve uma maior deformação nas uvas dos tratamentos AFP e SA na ponta de prova tipo cilindro. Os frutos de videiras com controle biológico apresentaram níveis maiores de acidez e pH, e uma concentração expressiva de todos os compostos bioativos. O resveratrol foi encontrado principalmente na casca das uvas mantidas em AFP ao longo do período de amadurecimento do fruto, com menor valor no tratamento AF, indicando as consequências do ataque de ácaros fitófagos nas plantas. Os resultados mostram que a aplicação do controle biológico é uma alternativa adequada, no qual a presença de ácaros predadores auxilia na qualidade dos frutos das videiras, aumentando a concentração de bioativos das uvas, e mantendo as mesmas características físico-químicas dos demais tratamentos. |