Análise das condições de sustentabilidade da produção agropecuária em dois assentamentos rurais de Conceição do Araguaia – Pará

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Arraz, Rafael Miranda lattes
Orientador(a): Laroque, Luís Fernando da Silva lattes
Banca de defesa: Laroque, Luís Fernando da Silva, Barden, Júlia Elisabete, Mejia, Margarita Rosa Gaviria, Cazarotto, Rosmari Terezinha, Kolchinski, Eliane Maria
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PPGAD;Ambiente e Desenvolvimento
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
CB
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10737/1067
Resumo: O modo de vida dos produtores de Assentamentos da Reforma Agrária em relação ao desenvolvimento rural no campo, como é o caso das Unidades Familiares de Produção (UFP) do município de Conceição do Araguaia/Pará, são reflexos diretos das condições de sustentabilidade. Este trabalho teve como objetivo analisar as condições de sustentabilidade nos assentamentos rurais Pe. Josimo Tavares e Canarana no município de Conceição do Araguaia/Pará. O método é exploratório, com abordagem qualitativa e de coleta de dados por meio de entrevistas semiestruturadas, levantamento bibliográfico, diários de campo, gravações e registros fotográficos, os quais foram analisados considerando as três dimensões da sustentabilidade (Ambiental, Econômica e Sociocultural). Foram utilizados os atributos da sustentabilidade: produtividade, entendida como a eficiência do sistema produtivo, estabilidade, verificando a fragilidade das UFP e a resiliência como o entendimento do equilíbrio do sistema. Na dimensão ambiental, atributo produtividade, constatou-se que os produtores familiares não realizam práticas conservacionistas. O atributo estabilidade indica que os assentados não respeitam a destinação legal dos espaços de APP e RL. No atributo resiliência, o indicador diversificação da produção demonstra que é reduzida e limitada ao plantio de mandioca e da criação de bovinos. Na dimensão econômica o atributo produtividade indica que em oito das dez propriedades não se faz uso de atividades mais sustentáveis para minimização dos impactos ambientais. No atributo estabilidade, o indicador alternativas econômicas demostra que os produtores são reféns dos atravessadores para venda de seus produtos e que a maioria dos assentados só consegue se manter nas UFP com a obtenção de uma renda extra. No atributo resiliência, o indicador tecnologias produtivas aponta para uma falta de assistência técnica e da utilização pela maioria dos produtores de insumos quimícos como o agrotóxico. Na dimensão sociocultural, atributo produtividade, identificou-se que todos produtores tem participação comunitária em atividades como as de suas associações, cooperativas entre outras. No atributo estabilidade, o indicador qualidade de vida apontou que o atendimento à saúde é inexistente, que a alimentação é satisfatória, mas que o lazer é pouco aproveitado pela maioria dos produtores. O atributo resiliência, por meio do indicador capacitação, aponta que a participação em cursos de aperfeiçoamento somente foi identificada em duas UFP. O acesso à informação pelos produtores se reduz à Tv e rádio. Constata-se, por fim, que a sustentabilidade nos assentamentos analisados é fragilizada e de difícil obtenção.