Mentoring no desenvolvimento profissional de professores em relação ao planejamento de suas aulas com a integração de tecnologias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Flôres, Samuel da Rosa lattes
Orientador(a): Dullius, Maria Madalena lattes
Banca de defesa: Neide, Ítalo Gabriel, Groenwald, Claudia Lisete Oliveira, Quartieri, Marli Teresinha
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PPGECE;Ensino de Ciências Exatas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
CET
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10737/3411
Resumo: Esta dissertação refere-se ao Mentoring no desenvolvimento profissional de professores em relação ao planejamento de suas aulas com a integração de tecnologias. A pesquisa foi norteada pelo seguinte problema: de que modo a estratégia de mentoring pode influenciar no desenvolvimento profissional de professores de Matemática em relação ao planejamento de suas aulas com a integração de tecnologias? A investigação foi realizada com duas professoras de matemática da Educação Básica, da Rede Pública, a partir de encontros semanais que se estenderam por um período. O objetivo geral deste trabalho foi identificar como a estratégia de mentoring pode influenciar o desenvolvimento profissional de professores de Matemática em relação ao planejamento de suas aulas com a integração de tecnologias. Quanto à abordagem do problema, a pesquisa é qualitativa, visando compreender o significado que as participantes atribuem ao objeto de análise. Como instrumento de coleta de dados, além das gravações, foram utilizadas anotações em um diário de campo e materiais produzidos a partir de cada intervenção ao longo dos planejamentos, que permitiram analisar o desenvolvimento profissional das professoras. Ao término deste estudo, percebeu-se que as dificuldades de integração das tecnologias no planejamento das atividades pedagógicas estão além dos problemas estruturais de uma escola. A partir dos relatos das docentes, na instituição em que elas lecionam é disponibilizado netbooks para os alunos e professores, mas sabe-se que isso não é o suficiente para se fazer um bom uso de ferramentas tecnológicas no ensino. O saber docente, enquanto tecnologia, é muito importante neste momento, porque exige, do professor, uma formação ou acompanhamento para tal. Contudo, de acordo com as professoras, elas não trabalhavam com tecnologias em sala de aula porque nunca tiveram alguma formação ou mentoria, que as permitissem fazer uso de algum recurso tecnológico em sala de aula. A partir dos encontros, as docentes foram desenvolvendo, com um auxílio inicial, as atividades que julgavam pertinentes trabalhar com os alunos e começaram a perceber a importância dos recursos tecnológicos no ensino da matemática, se as atividades forem planejadas com objetivos claros a serem atingidos. Quando segue o viés investigativo, é uma construção do conhecimento, mas quando ensinada por transmissão, de forma repetitiva, assume um papel de memorização. Com o período de mentoria, a partir de diferentes vivências associadas aos planos de aula desenvolvidos, criou-se um vínculo entre mentor e mentorandas, o que resultou na confiança delas com o processo. Com isso, baseado nos relatos das profissionais, no acompanhamento durante o processo de mentoria, nas gravações e nos materiais produzidos, permite-se concluir que elas se sentiram cada vez mais confortáveis com as tecnologias digitais. No decorrer da vivência com o mentoring, foi possível perceber a importância para as professoras receberem apoio para empreender mudanças, principalmente na estruturação do planejamento. Com base no estudo realizado, foi possível compreender que o mentoring é uma estratégia eficaz para a integração das ferramentas tecnológicas no planejamento das aulas de matemática, uma vez que as professoras que participaram da pesquisa não tinham familiaridade com as tecnologias, inicialmente estavam receosas com o novo e, ao longo do processo, sentiram-se capazes de produzir sozinhas.