Voleibol na adolescência e o desenvolvimento do autodomínio emocional: dilemas dos contextos curriculares e extracurriculares na ação pedagógica do professor de educação física
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação Física
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4239 |
Resumo: | O esporte tem sido um meio para desenvolver o controle emocional e social dos indivíduos. Com o passar dos anos, o homem percebeu que o esporte pode resultar em uma agradável excitação mimética, que permite equilibrar as tensões ligadas ao estresse do dia a dia, tornando-se parte fundamental da sobrevivência social. Desde a mais tenra idade, o sujeito aprende a modelar suas emoções de acordo com o código de conduta social que se torna elemento constituinte da sua personalidade. De tal modo que, a formação do aparato psíquico continua durante a adolescência, fase da vida que o sujeito apresenta oscilações de comportamento e tende a ser suscetível as intercorrências do meio. Deste modo, o trabalho com o esporte no período da adolescência parece ser fundamental para o amadurecimento das aptidões emocionais de empatia e autocontrole, responsáveis pelo desenvolvimento do autodomínio emocional. O objetivo desta dissertação foi analisar se os professores de Educação Física, durante o processo de ensino-aprendizagem do voleibol no eixo curricular e extracurricular, proporcionam o desenvolvimento do autodomínio emocional de alunos adolescentes. A metodologia utilizada tem característica qualitativa, descritiva e comparativa. Foi realizada uma entrevista semi-estruturadacontendo 4 tópicos principais e 4 tópicos secundários, com 12 professores de Educação Física atuantes em escolas públicas de ensino fundamental II e nos departamentos de esporte e lazer de Curitiba, especificamente, professores da rede Municipal de Ensino e professores da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer da Juventude (SMELJ) envolvidos no Programa Escola+Esporte=10 (EE10). Para analisar os dados usamos como método a análise de conteúdo de Bogdan e Biklen (1994), a Teoria do Processo Civilizador de Elias (1993; 2011) e a teoria da Inteligência Emocional de Goleman (2007; 2012). No processo de codificação a transcrição dos dados foi realizada no software ATLAS.TI, versão 6.2, em famílias. Posteriormente, selecionamos 108 discursos que apresentaram menções da prática metodológica docente, destacando apenas 16 que foram compatíveis com os 12 códigos de análise. Os outros 92 discursos, que se distanciaram dos códigos, foram analisados e discutidos a partir do embasamento teórico, relacionando o discurso da prática com a teoria. Concluímos que a maioria dos discursos mencionou procedimentos pedagógicos voltados à empatia, ou seja, a capacidade para compreender as emoções do próximo; foram poucos os relatos que trataram do entendimento das próprias emoções, o autocontrole. As 92 menções da prática docente abordaram situações relacionadas apenas ao contexto técnico e ao conteúdo, deixando de explorar outras características importantes da formação integral do sujeito. Apesar de existir ações e tarefas voltadas à formação emocional do aluno, os professores demonstraram em seus procedimentos metodológicos falta de preparo ou ausência de conhecimento sobre o trabalho com as emoções. |