Análise do complexo defensivo no voleibol: a relação da ação de defesa do levantador e transição de jogo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Luis Henrique Mercante da lattes
Orientador(a): Paulo, Anderson Caetano lattes
Banca de defesa: Paulo, Anderson Caetano lattes, Rodacki, Andre Luiz Felix lattes, Afonso, Gilmar Francisco lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação Física
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/5058
Resumo: O levantador tornou-se peça chave em equipes de alto rendimento e sua performance está relacionado diretamente ao desempenho da equipe. Encontramos na literatura estudos a respeito das características do levantador, zona de levantamento, técnica utilizada, estudos alto declarado. No entanto, não foi encontrado estudo que relacionam a participação do levantador na defesa e a organização ofensiva da equipe. Assim, o objetivo geral deste estudo foi verificar a participação do levantador no complexo defensivo e a organização ofensiva em seleções nacionais. Analisou-se 110 jogos e 2282 ações de defesa do Campeonato Mundial de Voleibol 2018 masculino e feminino. Para edição e análise tática das imagens em formato vídeos de domínio público, foi utilizado software DATA VOLLEY e uma planilha de Excel codificada. As variáveis analisadas foram: Zona de Defesa, Eficácia da Defesa, Quem Levantou, Zona de Levantamento, Zona de Ataque, Tempo de Ataque, Técnica de Ataque e o desfecho do complexo (ponto a favor, ponta contra ou continuidade). Esses dados foram submetidos a uma análise descritiva. Para analisar desfecho do rally a partir de uma ação de defesa do levantador foi aplicado o teste regressão logística multinomial. Todo cálculo estatístico foi realizado com o software SPSS versão 25.0 e o nível de significância adotado foi de p < 0,05. Resultados encontrados foram 1107 rallies no masculino e 1175 rallies no feminino, mas desse apenas (63%) dos rallies progrediram para uma organização ofensiva. Por um lado, o teste estatístico demostrou que zona de defesa explica o ponto a favor apenas nas seleções masculinas. Para existir uma certa vantagem, quando o levantador defende na zona 1. Por outro lado, a variável técnica de ataque apontou ser determinante para o ponto a favor tanto para seleção masculina quanto feminina. Com isso, parece existir mais vantagens para as equipes que realizam um ataque potente após a defesa do levantador. Além disso, as outras variáveis não foram significativas para explicar o ponto a favor. Com base no estudo realizado conclui-se que a defesa do levantador na zona de defesa 1 está mais associada ao sucesso do rally nas seleções masculinas e que a técnica de ataque potente está associada ao sucesso do rally em ambas as seleções. Verificou-se uma inconsistência nos dados na análise multinomial para as variáveis eficácia de defesa e ataque ponto e na eficácia da defesa e ataque continuado no masculino. Para o feminino, a inconsistência encontrada foi na variável tempo de ataque 1 ponto e no tempo de ataque 1 continuado. Propomos futuros estudos que aumentem o número de rallies, somando ações de jogo outros campeonatos, inclusive, para reduzir a inconsistência e possibilitar esse tipo de análise multinomial.