A sustentabilidade na Cooperoeste: desafios da autogestão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Fernandes, Jocilaine Mezomo
Orientador(a): Corona, Hieda Maria Pagliosa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/738
Resumo: A presente dissertação de mestrado vinculada ao PPGDR – Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional é parte de uma pesquisa de interesse comum que visa compreender as atividades realizadas com os assentados a partir dos pressupostos do desenvolvimento sustentável promovido nos Assentamentos da Reforma Agrária. Tem como objetivo fundamental analisar as ações realizadas no processo de autogestão e suas relações com a sustentabilidade na Cooperoeste, indústria cooperativa de leite, criada e administrada por famílias assentadas, localizada na cidade de São Miguel D`Oeste – Extremo Oeste de Santa Catarina. Para tanto, foi realizado um estudo de caso com intuito de diagnosticar os aspectos da autogestão e a compreensão sobre sustentabilidade, nas dimensões social, econômica e ambiental, a partir das concepções dos membros do Conselho Diretor e dos Coordenadores de setor, assim como as ações consideradas por eles como sustentáveis que são desenvolvidas na cooperativa. Buscou-se ainda identificar, com base nas informações coletadas, se a cooperativa atendia aos pressupostos de sustentabilidade conforme o preconizado pelo Instituto Ethos. Contudo, de acordo com resultados, verificou-se que há ações voltadas para a sustentabilidade, no aspecto ambiental e social, mas predomina as ações para o desenvolvimento econômico, entendido como estratégico para alcançar o desenvolvimento social e investir nos cuidados ambientais. Percebeu-se grande preocupação com a continuidade do empreendimento ficando clara a inquietação com a sucessão das lideranças do processo de autogestão da cooperativa, temendo pela sustentabilidade da indústria. Destaca-se que mesmo atuando no mercado capitalista, a cooperativa propõe um modelo de autogestão que pode apontar para uma nova racionalidade a partir da gestão coletiva e divisão dos lucros, princípios que a caracterizam. Além disso, evidenciou-se que ela atende em grande parte aos pressupostos de sustentabilidade do Instituto Ethos.