Potencial de fungos entomopatogênicos comerciais para o controle de Alphitobius diaperinus (Panzer) (Coleoptera: Tenebrionidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Rodrigues, Paulo Roberto lattes
Orientador(a): Potrich, Michele lattes
Banca de defesa: Potrich, Michele, Manfio, Daiara, Santos, Juliana Cristina dos
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Dois Vizinhos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4394
Resumo: Alphitobius diaperinus (Panzer) (Coleoptera: Tenebrionidae) conhecido como cascudinho-de-aviário é o principal inseto-praga da avicultura de corte. Causa prejuízos nutricionais, sanitários, desconforto às aves e danos estruturais as unidades de produção. Assim, objetivou-se avaliar o potencial dos fungos entomopatogênicos Beauveria bassiana (IBCB 66 e Bb2), Metarhizium anisopliae (IBCB 425 e Ma2) e Isaria fumosorosea (If1) em metodologias distintas de aplicação sobre larvas e adultos de A. diaperinus, em condições de laboratório e semicampo. Em laboratório, os tratamentos consistiram na aplicação de 1 mL das suspensões dos isolados de fungos entomopatogênicos (1×109 conídios.mL-1). Como testemunhas utilizou-se água destilada esterilizada, água destilada esterilizada com Tween® (0,01%) e inseticida químico (cipermetrina+clorpirifós+but.piperonila). Bioensaio 1) Avaliou-se a patogenicidade dos isolados sobre larvas e adultos de A. diaperinus e; Bioensaio 2) os isolados mais promissores foram incorporados à ração das aves. Os insetos foram transferidos para as unidades experimentais (UEs), sendo placas de Petri (Ø15 cm) para adultos, e placas de acrílico com 12 poços (Ø1 cm por poço) para larvas, estas foram alocadas em estufa incubadora (27 ± 2 °C, U.R. 70 ± 10% e fotoperíodo de 14h). Cada tratamento foi composto por oito repetições, com 12 larvas e 12 adultos por repetição. Em semicampo, foram adotados os tratamentos que foram promissores no Bioensaio 1 de laboratório. Como testemunhas utilizou-se as mesmas adotadas nos bioensaios de laboratório. Bioensaio 1) testou-se a aplicação de 1,2 mL dos tratamentos à superfície das UEs de contato dos insetos e; Bioensaio 2) a incorporação de 10 mL dos tratamentos em meio a cama aviária. As UEs consistiram de caixas organizadoras, translúcidas, com 19L de volume, supridas com 0,003 m3 de cama aviária. Estas foram alocadas em sala climatizada sob condições 27 ± 2 °C, U.R. 70 ± 10% e fotoperíodo de 14h. Cada tratamento foi composto por cinco repetições, com 20 larvas e 20 adultos por repetição. As avaliações foram realizadas após 10 dias, para laboratório, e com sete e 10 dias, para semicampo. Sendo a variável resposta a mortalidade. Em laboratório, no Bioensaio 1, os isolados BC2, IBCB 425 e IF1 foram patogênicos a larvas de A. diaperinus, provocando 40; 52,8 e 33,5% de mortalidade, respectivamente. Para adultos, apenas o isolado IBCB 425 foi patogênico, causando 38,3% de mortalidade. Tanto para Bioensaio 2 de laboratório, quanto para os bioensaios 1 e 2 de semicampo, estes foram considerados não significativos. Embora três isolados de fungos entomopatogênicos (Bb2, IBCB 425 e If1) tenham apresentado patogenicidade sobre larvas e adultos de A. diaperinus, sua virulência foi considerada baixa. Assim, sugere-se novos estudos com diferentes isolados das espécies utilizadas, bem como, de outras espécies de fungos afim de encontrar um isolado eficiente para o controle biológico de A. diaperinus.