Patogenicidade de Bacillus thuringiensis para Alphitobius diaperinus Panzer 1797 (Coleoptera: Tenebrionidae) em condições de laboratório e semi-campo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Maciel, Rodrigo Mendes Antunes lattes
Orientador(a): Gouvea, Alfredo de lattes
Banca de defesa: Gouvea, Alfredo de, Potrich, Michele, Neves, Pedro Manuel Oliveira Janeiro
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Dois Vizinhos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Zootecnia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4095
Resumo: Alphitobius diaperinus é a principal praga de aviários de corte em todo o mundo e o seu controle é realizado, predominantemente com inseticidas químicos sintéticos, os quais são prejudiciais às aves e ao ambiente, além da baixa eficiência de controle sendo, entretanto, a única disponível. O controle biológico com Bacillus thuringiensis pode ser uma alternativa viável, toxicológica e ecotoxicológicamente mais segura para o controle de A. diaperinus. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi avaliar a patogenicidade de linhagens de B. thuringiensis sobre larvas e adultos de A. diaperinus, em condições de laboratório e semi-campo e determinar o perfil genético destas. Na avaliação in vitro foram utilizadas as linhagens Br 12, Br 58, Br 67, Br 80, Br 137 e Br 138 à 3x108 UFC/mL-1 (tratamentos), em dois bioensaios (larvas e adultos). Para tal, foram misturados 10 mL de cada tratamento em 20g de ração de frango e particionados em oito placas (repetições) de 12 poços, sendo que cada poço recebeu uma larva de quarto ínstar. No bioensaio com adultos as repetições constaram de placas de Petri com 12 insetos cada, totalizando 96 insetos por tratamento em cada bioensaio. As placas foram acondicionas em câmara climatizada e o número de insetos mortos quantificado ao longo de 10 dias. Para o bioensaio de semi-campo foram utilizadas as mesmas linhagens, exceto a Br 80 e Br 138. Para tal, foi preparada uma mistura de cama de aviário e ração de frango em caixas plásticas - unidades experimentais (UE), que recebeu 40 insetos (20 larvas de quarto instar e 20 adultos) cada e, então pulverizados 3 mL de cada tratamento sobre a cama. As UE foram alocadas em ambiente climatizado e a avaliação ocorreu ao 7° e 10°, dias, quantificando-se os insetos mortos. As linhagens foram submetidas a PCR e posterior corrida de Eletroforese em gel de agarose para determinar o perfil genético. Nos testes in vitro as linhagens Br 12, Br 58, Br 67 e Br 137 causaram mortalidade acumulada para larvas de A. diaperinus, respectivamente de 65,6%, 66,6%, 66,6%, e 69,7%, diferindo significativamente da testemunha (26,0%). Na avaliação ao longo do tempo a mortalidade causada pelas linhagens foi significativa somente no período de 96-144 horas, Br 67 (32,2%) e Br 80 (30,2%), e no período de 168-216 horas a linhagem Br 137 (31,2%). No bioensaio com adultos de A. diaperinus, somente a linhagem Br 58 causou mortalidade acumulada significativa (35, 4%), o que não foi verificado nas avaliações ao longo do tempo em nenhum dos tratamentos. No bioensaio de semicampo nenhuma das linhagens testadas causou mortalidade significativa para larvas ou adultos de A. diaperinus. Com relação ao perfil genético foram encontrados genes codificadores para as toxinas Cry4 e Cry10, caracterizando as linhagens como subespécie israelensis. As linhagens de B. thuringiensis subespécie israelensis são patogênicas para larvas de A. diaperinus em condições de laboratório. Para a utilização de B. thuringiensis em campo, são necessários estudos visando desenvolver estratégias de inserção no manejo das populações desta espécie.