Alimentação, gasto energético, nível de atividade física e estado nutricional de trabalhadores industriais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Bortolozo, Eliana Aparecida Fagundes Queiroz lattes
Orientador(a): Pilatti, Luiz Alberto lattes
Banca de defesa: Arezes, Pedro Miguel Ferreira Martins de, Rodacki, André Luiz Felix, Xavier, Antônio Augusto de Paula, Bittencourt, Juliana Vitória Messias
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/1951
Resumo: O principal objetivo deste trabalho foi investigar a composição energética e nutricional da refeição consumida no ambiente de trabalho, associando-a com gasto energético, nível de atividade física, estado nutricional e qualidade diária da dieta de trabalhadores da indústria. Participaram 292 trabalhadores (224 homens; 68 mulheres) do setor industrial, que então atuavam na área administrativa (n=87) e na área de produção (n=205) em empresas cadastradas no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT). Foram coletados dados sociodemográficos e antropométricos, gasto energético, nível de atividade física, consumo alimentar no ambiente de trabalho e padrão da dieta diária. A análise estatística envolveu teste de normalidade de Kolmorov-Smirnov, análise de variância (ANOVA) e testes de correlação (Person; Spearman e Mann Whitney). Fez-se o emprego de métodos estatísticos multivariados, especificamente de análise de componentes principais (PCA) e análise hierárquica de agrupamentos (HCA). Ficou constatada prevalência de trabalhadores com sobrepeso e diferença estatística no gasto energético diário, em função do gênero e setor de trabalho (p<0,05). A maioria dos trabalhadores do sexo masculino ficou enquadrada na classificação de atividade ativa (17,8%) e muito ativa (50,7%). Entre as mulheres (61,2%) e trabalhadores do setor administrativo (57,5%), a predominância teve ligação com atividade menos ativa ou sedentária. O consumo energético da refeição consumida no ambiente de trabalho mostrou-se adequado, ocorrendo, por outro lado, elevado consumo de proteína e sódio. Levando-se em conta as especificidades do trabalhador por gênero e por setor de trabalho, o valor médio de 1135 kcal (± 245) não atendeu às suas necessidades. Quanto ao índice de qualidade da dieta (IQD), 87,0% (n=254) dos trabalhadores apresentaram padrão alimentar “Precisando de melhorias”, enquanto 11,3% (n=33) consomem dieta de “Boa qualidade” e 1,7% (n=5) têm dieta classificada como de “Má qualidade”. A PCA possibilitou determinar que a grande maioria dos indivíduos com maior gasto energético, maiores teores de consumo de energia e de lipídios pertence ao sexo masculino, com relação positiva entre o setor de trabalho, gasto energético e nível de atividade física. A alimentação consumida no ambiente de trabalho pode ser adaptada às características do trabalhador, uma vez que existe relação positiva entre o setor de trabalho e o gasto energético e nível de atividade física. Há necessidade de melhorias na composição nutricional dos cardápios ofertados nas unidades de alimentação e nutrição cadastradas no PAT, do ponto de vista de proteínas e sódio. Não foi comprovado que a alimentação fornecida no ambiente de trabalho exerça influência sobre a considerável incidência de sobrepeso e obesidade dos trabalhadores industriais.