Beauveria bassiana Vuill. (Ascomycetes: Clavicipitaceae) sobre Thaumastocoris peregrinus Carpinteiro & Dellapé (Hemiptera: Thaumastocoridae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Ribeiro, Raquel Rossi lattes
Orientador(a): Gouvea, Alfredo de lattes
Banca de defesa: Barbosa, Leonardo Rodrigues, Potrich, Michele, Gouvea, Alfredo de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/2208
Resumo: O percevejo-bronzeado do eucalipto, Thaumastocoris peregrinus, é um inseto fitófago que ocasiona o amarelecimento das folhas de Eucalyptus e, em casos severos, a desfolha e morte das plantas. Buscam-se formas de controle natural e/ou biológico para o controle deste inseto. Nesta perspectiva, o controle biológico vem ganhando espaço e o emprego de fungos entomopatogênicos torna-se viável, uma vez que já ocorre naturalmente no ambiente. Nesse sentido, objetivou-se avaliar a ação do fungo entomopatogênico B. bassiana, isolado IBCB 66 sobre diferentes fases de desenvolvimento de T. peregrinus, em condições de laboratório. Os tratamentos foram: Água destilada esterilizada (ADE), Água destilada esterilizada + Tween® 80 (0,01%) (ADET) e B. bassiana isolado IBCB 66 (1,0 x 108 conídios. mL-1). Esses tratamentos foram avaliados em três bioensaios em delineamento inteiramente casualizado. 1- Ação de B. bassiana sobre ovos de T. peregrinus: Folhas de Eucalyptus benthamii foram recortadas em discos de 2,4cm Ø, alocados no interior de tubos de vidro chato (2,5cm Ø e 10 cm h). Cartelas contendo em média 10 ovos de T. peregrinus foram imersas na solução correspondente a cada tratamento e colocadas sobre os discos foliares, totalizando 20 repetições/tratamento, sendo mantidos em câmara climatizada BOD (27±2° C, 14 h de fotofase e UR de 70 ± 10%) (procedimento padrão para todos os bioensaios). Foram avaliados o período de incubação e a viabilidade dos ovos de T. peregrinus. 2- Ação de B. bassiana sobre ninfas de T. peregrinus: Discos de E. benthamii de 2,4cm Ø, previamente tratados foram alocados no interior de tubos de vidro que recebeu, na sequência, uma ninfa de 3° ínstar de T. peregrinus, totalizando 50 tubos/repetições por tratamento. Neste bioensaio foram avaliadas a duração e a viabilidade dos ínstares ninfais. 3- Ação de B. bassiana sobre adultos de T. peregrinus: este bioensaio foi realizado conforme metodologia descrita para ninfas. Cada tubo de vidro recebeu um adulto de T. peregrinus, totalizando 50 tubos/repetições por tratamento. Neste bioensaio foi avaliada a longevidade diariamente, até a mortalidade total dos insetos. Alguns exemplares de adultos mortos que entraram em contato com B. bassiana foram coletados, para análise histológica, conforme metodologia padrão. O fungo B. bassiana não interferiu no período de incubação e viabilidade de ovos de T. peregrinus. O mesmo foi observado sobre ninfas de 3° ínstar e adultos, que não foram afetados pelo fungo. A duração média e a viabilidade foram reduzidas em ninfas de 4° e 5° ínstar, demonstrando que o fungo B. bassiana é patogênico nessa fase de desenvolvimento. Na análise histológica de adultos de T. peregrinus verificou-se a presença de hifas, conídios e conidióforos nos tecidos do sistema digestivo e muscular.