Sob o ataque do agronegócio: relação entre o discurso da Frente Parlamentar Agropecuária e a nulificação da política pública de reforma agrária

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Pacheco, Cássia Morgana Faxina lattes
Orientador(a): Carvalho, Hilda Alberton de lattes
Banca de defesa: Pontes, Daniele Regina lattes, Carvalho, Hilda Alberton de lattes, Rasoto, Vanessa Ishikawa lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Planejamento e Governança Pública
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4991
Resumo: Este trabalho objetiva uma reflexão sobre a análise da atuação contemporânea da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), sua atuação dentro do Estado brasileiro e suas consequências para o andamento de políticas públicas, especificamente neste trabalho, a política pública de reforma agrária. Para isso promove-se um resgate histórico das políticas públicas voltadas ao agrário e ao agrícola no Brasil, revê-se os desdobramentos dessa conjuntura até a separação em ações do Estado distintas conforme públicos de cada segmento e promove-se um debate sobre as origens e a razão de serem colocadas como antagônicas. A partir de pesquisa bibliográfica e documental (com o uso da técnica de análise de conteúdo e de discurso), realiza-se a interpretação dos discursos da Frente Parlamentar Agropecuária a fim de identificar suas raízes e consequências para a política pública de reforma agrária para os dias atuais. O embate ideológico da Frente Parlamentar Agropecuária em relação à política pública de reforma agrária pode ser percebido pela linguagem. A análise de discurso consegue trazer à tona o posicionamento político ideológico da FPA em relação às políticas públicas voltadas ao Agrário. Como resultado, observa-se uma atuação reativa na disputa pelo fundo público, por território, pelo controle da política pública de reforma agrária e para a flexibilização das questões ambientais. Conclui-se que o debate extrapola as questões das distintas agriculturas que, não mais volta-se para o modelo agrícola ao qual seria mais ideal para o Brasil, mas sobre como um grupo organizado dentro do Estado molda as políticas públicas ideais para suas necessidades comerciais.